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Como investir em Letra Financeira (LFSN)?

Como investir em Letra Financeira (LFSN)?

O ano de 2025 promete ser da Renda Fixa no Brasil. As principais casas de análise apontam para um aumento na exposição a esses produtos, impulsionados pelas elevações consecutivas na taxa Selic, iniciadas em agosto pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Esse cenário promissor à renda fixa tem estimulado os investidores a buscar alternativas, para além dos produtos tradicionais que são ofertados no mercado. Uma dessas alternativas é a Letra Financeira (LFSN).

Para quem ainda não está familiarizado com essa opção, o portal EuQueroInvestir preparou um guia completo, reunindo as principais informações sobre a Letra Financeira e apresentando uma alternativa selecionada para sua avaliação.

Letra financeira: o que é?

A Letra Financeira é um título privado de renda fixa emitido por instituições financeiras, como bancos e financeiras, com o objetivo de captar recursos para suas operações. Em outras palavras, quando um investidor compra uma LFSN, ele está emprestando dinheiro à instituição emissora em troca de uma remuneração acordada.

Esse título é parecido com um CDB (Certificado de Depósito Bancário), mas com algumas diferenças:

  • Prazo mais longo: geralmente acima de dois anos, podendo chegar a sete anos ou mais.
  • Ticket mínimo elevado: o investimento inicial costuma ser mais alto, geralmente a partir de R$ 150 mil.
  • Sem liquidez antes do vencimento: diferente de alguns CDBs, a LFSN não pode ser resgatada antes do prazo estipulado.
  • Remuneração mais atrativa: oferece rendimentos superiores aos de outros produtos de renda fixa, justamente por ter um prazo maior e menor liquidez.

Como a Letra Financeira remunera o investidor?

A rentabilidade da LFSN pode ser definida de três formas principais:

  1. Pós-fixada: atrelada a um indicador como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Nesse caso, o investidor recebe um percentual do CDI, como 125% do índice.
  2. Prefixada: com uma taxa fixa determinada no momento da aplicação, por exemplo, 12% ao ano.
  3. Híbrida: combinando um índice de inflação (como IPCA) com um percentual fixo adicional, como IPCA + 6% ao ano.

A amortização do título geralmente acontece na modalidade bullet, ou seja, o investidor recebe o valor investido de volta apenas no vencimento, junto com a rentabilidade acumulada.

Quais são as vantagens da Letra Financeira?

Entre as principais vantagens da Letra Financeira, destaca-se a rentabilidade superior em comparação a CDBs e ao Tesouro Direto. Devido ao prazo mais longo e à falta de liquidez, esse tipo de investimento costuma oferecer taxas mais atrativas. 

Além disso, a menor incidência de imposto é outro ponto positivo, já que a LFSN segue a tabela regressiva do Imposto de Renda para Renda Fixa. Aplicações mantidas por mais de dois anos pagam apenas 15% sobre os rendimentos, enquanto investimentos de curto prazo podem ser taxados em até 22,5%. 

Outra vantagem relevante é a proteção contra a inflação, pois, caso esteja atrelada ao IPCA, a Letra Financeira garante um retorno real, preservando o poder de compra do investidor ao longo do tempo.

E os riscos?

Por outro lado, a LFSN apresenta alguns riscos que devem ser considerados. Um deles é a baixa liquidez, já que o investidor precisa manter o dinheiro aplicado até o vencimento, sem possibilidade de resgate antecipado. 

Ademais, há o risco de crédito, pois esse título não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), ao contrário de CDBs e LCIs/LCAs. Isso significa que, caso a instituição emissora enfrente dificuldades financeiras, existe o risco de inadimplência. Por esse motivo, é essencial analisar a solidez do banco antes de investir.

Para quem a Letra Financeira é indicada?

A Letra Financeira não é um investimento para qualquer perfil. Por ter um ticket mínimo elevado e baixa liquidez, ela é mais adequada para:

  • Investidores qualificados: aqueles que possuem pelo menos R$ 1 milhão investidos no mercado financeiro ou certificação reconhecida pela CVM.
  • Pessoas com horizonte de longo prazo: quem pode manter o capital aplicado sem necessidade de resgate antes do vencimento.
  • Investidores que buscam diversificação: a LFSN pode ser uma excelente opção dentro de uma carteira equilibrada, composta por diferentes classes de ativos.

Conheça uma opção de Letra Financeira para investir

Após entender os principais conceitos da Letra Financeira, vale conhecer uma opção interessante para investir neste produto para diversificar ainda mais a sua carteira de investimentos. 

Recentemente, o Banco de Brasília (BRB) lançou sua Letra Financeira (LFSN), um título de investimento voltado exclusivamente para investidores qualificados. Com um prazo de sete anos, essa alternativa se destaca por oferecer retornos mais atrativos para quem deseja manter o capital investido no longo prazo. 

A Letra Financeira do BRB tem a sua remuneração atrelada ao CDI, sendo um dos principais benchmarks do mercado, e a amortização ocorre na modalidade bullet, ou seja, o investidor recebe o capital investido e os rendimentos acumulados apenas no vencimento do título.

A remuneração da LFSN do BRB varia conforme a negociação e o montante investido, oferecendo três faixas de rendimento, todas acima do CDI. Os retornos brutos são os seguintes:

  • 124% do CDI
  • 125,5% do CDI
  • 127% do CDI

Esses percentuais indicam que a rentabilidade pode ser superior à de outros produtos de Renda Fixa convencionais, sendo um diferencial para investidores qualificados que buscam retornos mais robustos no longo prazo.

Outro ponto importante é a tributação regressiva, que pode tornar a Letra Financeira do BRB ainda mais interessante para quem investe no longo prazo. Embora a rentabilidade nominal do título possa não parecer tão alta à primeira vista, a incidência reduzida de Imposto de Renda pode fazer uma grande diferença no rendimento líquido. 

Como a alíquota diminui conforme o tempo de aplicação, investimentos mantidos por mais de dois anos pagam apenas 15% de imposto sobre os ganhos, enquanto aplicações de curto prazo podem ser tributadas em até 22,5%.

O que considerar antes de investir?

Embora a Letra Financeira do BRB ofereça um rendimento atrativo, ela possui características que exigem atenção do investidor. 

O prazo de sete anos e a amortização bullet indicam que o capital investido ficará imobilizado até o vencimento, sem possibilidade de resgate antecipado. Por isso, é fundamental que o investidor esteja confortável com essa falta de liquidez.

Além disso, a LFSN não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que o investidor assume um risco de crédito vinculado à solidez do BRB. Por isso, é essencial avaliar a saúde financeira da instituição antes de investir.

Nesse sentido, o BRB tem um histórico consolidado no mercado. Fundado em 1964 para atuar como agente financeiro do Governo do Distrito Federal, o banco foi criado para financiar o desenvolvimento regional. Em 1991, tornou-se um banco múltiplo, passando a oferecer carteiras comercial, de câmbio, desenvolvimento e imobiliária.

Atualmente, o BRB é uma sociedade de economia mista, com 71,92% de seu capital controlado pelo GDF. Embora tenha forte presença no Distrito Federal, a instituição expandiu sua atuação para outros estados, contando com pontos de atendimento em Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.

Essa estrutura reforça a posição do BRB como um banco sólido, mas, como em qualquer investimento sem garantia do FGC, o investidor deve considerar a estabilidade da instituição antes de alocar recursos na Letra Financeira.

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