A exchange de criptomoedas Bullish faz IPO nos EUA com preço de US$ 37 por ação, superando a faixa projetada de US$ 32 a US$ 33. A operação avalia a empresa em US$ 5,4 bilhões e demonstra forte apetite do mercado por ativos ligados ao setor de cripto. A estreia na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) será feita sob o símbolo “BLSH”.
O IPO levantará US$ 1,1 bilhão com a venda de 30 milhões de ações. O número inicial de papéis foi ampliado em relação à proposta anterior, que previa 20,3 milhões de ações entre US$ 28 e US$ 31 cada. A alta na precificação indica que investidores institucionais enxergam potencial de crescimento no modelo da Bullish, que combina elementos de finanças descentralizadas (DeFi) com a segurança de uma operação centralizada.
Investidores de peso e expansão do IPO
O grupo de subscritores é liderado por gigantes como JPMorgan, Jefferies e Citigroup, que também receberam uma opção de 30 dias para vender mais 4,5 milhões de ações. Entre os investidores interessados estão a BlackRock e a ARK Investment Management, de Cathie Wood, que sinalizaram a compra de até US$ 200 milhões em papéis.
A Bullish é liderada por Tom Farley, ex-presidente da própria NYSE, e tem sede nas Ilhas Cayman. Desde seu lançamento em 2021, a plataforma já registrou mais de US$ 1,25 trilhão em volume de negociações. Além disso, a empresa é proprietária do site de notícias CoinDesk, referência em dados e análises sobre criptomoedas.
Concorrência e cenário do mercado cripto nos EUA
A listagem da Bullish marca sua segunda tentativa de IPO em quatro anos. O movimento acontece em um momento de maior abertura regulatória no país, favorecido por uma postura mais positiva do governo norte-americano em relação às criptomoedas.
Nos últimos meses, outras empresas do setor também buscaram o mercado de capitais. A Circle, emissora de stablecoins, captou mais de US$ 1 bilhão em sua estreia na bolsa. A Galaxy Digital migrou para a Nasdaq, e empresas como eToro, BitGo e Gemini avançam em seus próprios processos de listagem. Esse conjunto de estreias mostra que o mercado cripto está vivendo um ciclo de valorização e interesse institucional sem precedentes.
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