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A semana foi das expectativas: por PEC, juros e reabertura na China

A semana foi das expectativas: por PEC, juros e reabertura na China

A semana de 28 de novembro a 2 de dezembro foi marcada por uma série de indicadores econômicos relevantes e também por protestos na China – que surpreenderam pelo ineditismo da manifestação popular contra o governo de Xi Jinping e fizeram o mercado reagir de maneira positiva ao que foi interpretado como um começo de […]

A semana de 28 de novembro a 2 de dezembro foi marcada por uma série de indicadores econômicos relevantes e também por protestos na China – que surpreenderam pelo ineditismo da manifestação popular contra o governo de Xi Jinping e fizeram o mercado reagir de maneira positiva ao que foi interpretado como um começo de relaxamento nas restrições impostas pela política de Covid-zero.

No Brasil, os temas seguem sendo os mesmos: PEC da Transição e nomes para o primeiro escalão do governo eleito – especialmente de quem vai ocupar a pasta da Fazenda. Os dois temas, por sinal, seguem sem qualquer definição.

Nos EUA, o assunto também se repete: para onde vão os juros? Ao longo da semana, fala de Jerome Powell e dados de inflação e emprego turbinaram as apostas.

Confira o que rolou no resumo da semana.  

Resumo da semana no Brasil

PIB abaixo da expectativa

O IBGE divulgou o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que variou 0,4% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, e, com esse resultado, chega ao maior patamar da série histórica, iniciada em 1996. A expectativa, no entanto, era por leitura maior, de 0,6%. 

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O economista João Paulo de Faria Tavares Rabe, da EQI Asset, afirmou que o índice ficou abaixo das expectativas do mercado, mas explicou que essa diferença pode ser provocada pelas revisões recentes feitas pelo IBGE.

“O PIB continuou apresentando um bom ritmo de crescimento e a composição mostra um consumo sustentado pela melhora do mercado de trabalho e por incentivos fiscais”, afirma. 

Gráfico de barras verticais mostra dados do PIB nos últimos anos
Fonte: IBGE

Dados de emprego

O Caged reportou 159.454 empregos formais criados em outubro, ante 278.085 de setembro. A projeção era 220 mil.

O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, explica que a desaceleração na abertura de vagas, embora os números tenham ficado abaixo das expectativas consensuais do mercado, mostra um processo natural diante do atual cenário macroeconômico.

“O pico, que foi a reabertura da economia após o fim da pandemia, já passou, e agora vemos um cenário mais estável assim como o PIB também deve ser mais fraco no quarto trimestre”, explica. 

gráfico Caged
Fonte: Ministério do Trabalho

Já a taxa de desemprego foi de 8,3% no trimestre encerrado em outubro, segundo a Pnad do IBGE.

“Quando a gente abre os números, a gente vê uma piora na margem. A população ocupada caiu no segundo mês consecutivo, após ter subido por quase dois anos. A taxa de participação voltando a cair também, sendo o terceiro mês consecutivo, se distanciando ainda mais do nível pré-pandemia e da média histórica”, diz o economista da EQI Asset.

“Por outro lado, os salários subiram, como reflexo de reajustes oferecidos nos últimos meses”, completa.

 

gráfico com taxa de desocupação Pnad
Fonte: IBGE

Produção industrial

A produção industrial teve variação positiva de 0,3% na passagem de setembro para outubro, interrompendo dois meses consecutivos de queda. Com isso, o setor encontra-se 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,4% abaixo do nível recorde alcançado pelo setor em maio de 2011.

gráfico produção industrial
Fonte: IBGE

Inflação do aluguel em queda

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 0,56% em novembro, após queda de 0,97% no mês anterior. A expectativa era por queda de 0,36%. Com este resultado o índice acumula alta de 4,98% no ano e de 5,90% em 12 meses. Esta é a quarta deflação consecutiva do indicador. 

Novela sem fim da PEC

Os investidores seguem de olho nas negociações sobre a PEC da Transição e nos possíveis nomes para o ministério da Fazenda, dois pontos fundamentais para os mercados e sem qualquer definição.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), em nome da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), protocolou na segunda-feira (28) no Senado o texto da Proposta de Emenda Constitucional que ajusta o orçamento de 2023 e pretende obter uma margem de R$ 198 bilhões acima do teto de gastos por um prazo de quatro anos – exatamente o mandato do novo governo, que toma posse em 1º de janeiro – para abrigar o Bolsa Família.

O texto ainda será votado pelo plenário do Senado, em dois turnos, e depois no Plenário da Câmara, também em dois turnos. E deve sofrer modificações – a imprensa vem ventilando R$ 150 bilhões pelo prazo de 2 anos. 

Vale paga JCP

Na frente corporativa, destaque para a Vale (VALE3), que aprovou pagamento de R$ 1,32 bilhão em juros sobre capital próprio (R$ 0,29 por ação). 

Carteira teórica da B3

A B3 divulgou a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa, que vale de janeiro a abril de 2023, excluindo Positivo (POSI3). Não houve inclusão de nenhum papel e, se confirmada a carteira, o Ibovespa passará a contar com 91 ações.

Resumo da semana no exterior

Fala de Powell

O mercado reagiu bem à fala de Jerome Powell, que confirmou que o Federal Reserve (Fed) deve reduzir o ritmo de altas de juros, possivelmente a partir de dezembro. Vale lembrar que, por lá, já são seis ajustes sequenciais, sendo os últimos quatro de 75 pontos-base.

Payroll acima do esperado

O payroll apontou criação de 263 mil postos de trabalho não-agrícolas nos EUA em novembro, ante expectativa de 200 mil. A taxa de desemprego se manteve em 3,7%.

Com isso, ele azedou o humor dos investidores da bolsa na sexta-feira (2), que aguardavam uma leitura em linha ou inferior que reforçasse o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), de que já é possível reduzir o ritmo de altas a partir de dezembro.

gráfico com taxa de desemprego EUA
Fonte: BLS

PCE em linha

O PCE, indicador favorito do Fed para medir a inflação, ficou em 0,3%, mantendo o índice de outubro e coincidindo com as expectativas do mercado.

O Fomc, comitê de política monetária do Fed, se reúne no dia 14 de dezembro, e a tendência é de nova alta, estimada pelo mercado financeiro em 50 pontos-base – hoje, os juros norte-americanos estão no intervalo entre 3,75% e 4% ao ano.

PIB EUA

PIB dos EUA apresentou crescimento de 2,9% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior.

O índice veio praticamente alinhado com as estimativas do mercado, que eram de crescimento de 2,8%, e ficou bem acima da queda de 0,6% apresentada no segundo trimestre, em relação ao primeiro.

gráfico PIB EUA
Fonte: BEA

Inflação na Europa

O Índice de Preços ao Consumidor da zona do euro (CPI) recuou para 10% na comparação anual, ante 10,6% da leitura de outubro. A expectativa era por 10,4%.

gráfico CPI zona do euro
Fonte: Eurostat

Protestos na China

Na China, o mercado segue atento às notícias de possível flexibilização na política de Covid-zero, após onda de protestos populares.

A vice-primeira-ministra Sun Chunlan disse que mais chineses estão sendo vacinados e já é possível observar um enfraquecimento da variante ômicron.

PMIs apontam retração da indústria no mundo todo

Em novembro, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI) da Indústria dos EUA caiu para menos de 50 pontos pela primeira vez desde maio de 2020, chegando a 47,7 pontos. Em outubro, a leitura foi de 50,4.

No Brasil, o índice recuou de 50,8 pontos em outubro para 44,3 pontos em novembro. Isso indica que a atividade entrou em contração pela primeira vez em nove meses. 

O PMI industrial chinês foi de 49,2 pontos em outubro para 49,4 em novembro. E, apesar do aumento, segue abaixo dos 50 pontos, que separam crescimento de retração da atividade. 

Na zona do euro, o indicador subiu para 47,1 em novembro, ante 46,4 de outubro, também abaixo dos 50 pontos.

Colapso das cripto

A BlockFi, plataforma de empréstimo em criptomoedas, que pagava rendimento acima do mercado, e pertencia ao mesmo grupo da FTX, entrou com pedido de falência. 

Esta é a quarta empresa de criptoativos a quebrar recentemente, em uma lista que inclui a FTX, a Voyager e a Celsius. 

Helena Margarido, criptoanalista da Monett, avalia que a quebra da BlockFi já estava precificada. “É de se esperar a quebra de mais empresas ainda à frente, mas todas já precificadas. Se tiver algo que surpreenda, aí sim teremos impactos maiores no preço”, afirma. 

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