A BlockFi, plataforma de empréstimo em criptomoedas, que pagava rendimento acima do mercado, e pertencia ao do mesmo grupo da FTX, entrou com pedido de falência nesta segunda-feira (28).
A empresa alega dificuldades em pagar seus 100 mil credores e honrar compromissos que podem ir de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões, segundo estimativa da CNBC.
A BlockFi tem sua matriz nas Bahamas, um paraíso fiscal que dificulta a fiscalização das autoridades dos Estados Unidos. E a BlockFi das Bahamas também entrou em recuperação.
Esta é a quarta empresa de criptoativos a quebrar recentemente, em uma lista que inclui a FTX, a Voyager e a Celsius. A CNBC classificou de “espiral da morte” o que o colapso da FTX vem representado para o mercado cripto.
BlockFi: como é o empréstimo de criptos?
A BlockFi, como a Celsius e a Voyager, oferecia taxas de juros excepcionalmente altas nas contas criptográficas dos clientes.
Todas as três empresas conseguiram fazer isso graças ao cripto-empréstimo – funcionava assim: elas emprestavam criptomoedas de clientes a empresas comerciais em troca de altos juros e garantias.
Já a FTX é a gestora que pediu falência há duas semanas depois do derretimento da sua própria criptomoeda, a FTT.
Inverno cripto com juros em alta
A onda de falências acompanha não só o caso FTX, mas a queda do valor dos criptoativos, que sofrem com a alta dos juros, que afasta investidores de ativos mais arriscados.
“Este fato não surpreende em nada para quem investe pesado no mercado cripto ou é estudioso. O fato já estava precificado. Então, nada de novo e nada além do esperado. É de se esperar quebra de mais empresas ainda à frente, mas todas precificadas. Se tiver algo que surpreenda, aí sim teremos impactos maiores no preço”, afirma Helena Margarido, criptoanalista da Monett.
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Caso FTX
O ecossistema da FTX era composto por 130 empresas e administrava mais de US$ 50 bilhões em ativos. A maior parte desses ativos garantidos pelo token FTT.
Mas rumores sobre a má gestão dos recursos começaram a circular em 2 de novembro, a partir do vazamento de um balanço, que apontava problemas de liquidez da empresa. A partir daí foi dado início a uma corrida dos investidores para sacar seus valores, o que provocou a quebra.
O caso vem sendo comparado ao do Lehman Brothers, banco que, ao falir, em 2008, provocou uma crise no sistema financeiro global, que ficou conhecida como crise do subprime – você entende tudo clicando no link.
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