A Oi (OIBR3), que atualmente passa por um processo de recuperação judicial, comunicou aos debenturistas da 12ª emissão que não realizou a amortização extraordinária prevista para a última segunda-feira (26), configurando uma situação de inadimplência.
Em documento oficial em resposta ao Ofício 175/2024-SLS da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oi detalhou que os créditos existentes e não vencidos até a data do pedido de processamento da Recuperação Judicial, incluindo a amortização das debêntures em questão, estão sujeitos aos efeitos do processo judicial em curso.
A decisão da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro impede a empresa de efetuar pagamentos que não estejam alinhados com o Plano de Recuperação Judicial estabelecido.
A situação da Oi ganha contornos mais complexos ao considerarmos o histórico recente da companhia. Em março de 2023, a Oi fez um pedido de recuperação judicial, que foi deferido em 16 de março, marcando o início de um período crítico para a reorganização de suas obrigações financeiras.
A empresa prorrogou o stay period, um mecanismo de proteção contra ações de credores, por 90 dias em setembro e dezembro de 2023, para reorganizar as suas dívidas.
Oi: gestora adquire 5% da empresa e pode fazer fundo para reestruturar dívidas
Recentemente, a Trustee, gestora de fundos de investimentos, adquiriu 33,1 milhões de ações ordinárias da Oi. Com isso, a gestora obteve 5,14% do total desse tipo de ação.
A Trustee afirmou que se trata de um investimento que visa contribuir com a empresa, as autoridades, os reguladores, o poder judiciário do Rio de Janeiro, os credores e a estrutura administrativa da Oi, em busca de uma ampla solução para o reerguimento da companhia, que presta serviço público em todo o território nacional.
A Insight, da Revista Exame, informou que o bilionário Nelson Tanure estaria por trás da operação. Inclusive, ele estaria organizando o fundo “Nova Oi”, com apenas dois cotistas anônimos, em janeiro deste ano.
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