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Oi (OIBR3): “grande investidor” compra 5% da empresa para reerguê-la 

Oi (OIBR3): “grande investidor” compra 5% da empresa para reerguê-la 

A Trustee, gestora de fundos de investimentos, adquiriu 33,1 milhões de ações ordinárias da Oi (OIBR3). Com isso, a gestora está com 5,14% do total desse tipo de ação. A movimentação foi oficializada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

A Trustee afirmou que se trata de um investimento que visa contribuir com a empresa, as autoridades, os reguladores, o poder judiciário do Rio de Janeiro, os credores e a estrutura administrativa da Oi, em busca de uma ampla solução para o reerguimento da companhia, que presta serviço público em todo o território nacional.

A gestora esclareceu que se trata de um investimento minoritário, que não altera o controle ou a administração da Oi, mas que tem a intenção de colaborar para a melhoria da gestão da empresa. 

A Trustee informou ainda que não possui qualquer outro valor mobiliário ou instrumento financeiro derivativo referenciado em ações da Oi, e que não celebrou nenhum contrato ou acordo que regule o direito de voto ou a compra e venda de ações da companhia.

A Oi entrou em recuperação judicial pela primeira vez em 2016, com uma dívida de R$ 65 bilhões. O processo se estendeu por seis anos, até ser encerrado em dezembro de 2022. No entanto, em março de 2023, a empresa de telefonia voltou a pedir recuperação judicial, com uma dívida de R$ 44,3 bilhões.

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Compra da Truste pode ser uma ação de Nelson Tanure, diz site

A Insight, da Revista Exame, antecipou a informações de que a Trustee aumentaria sua participação na Oi. Segundo a reportagem, por trás da operação, estaria o empresário Nelson Tanure, que teria criado um fundo chamado “Nova Oi”, com apenas dois cotistas anônimos, em janeiro deste ano.

O novo acionista surge em um momento crítico para a Oi, que negocia com os credores a aprovação de seu novo plano de recuperação, apresentado no dia 6 de fevereiro. Uma assembleia está prevista para o dia 5 de março, podendo ser adiada para o dia 11. 

Segundo a Exame, o fundo de Tanure poderia postergar ou suspender a assembleia, para propor sua própria estratégia para a Oi. 

Sem isso, ele não teria tempo para fazer nada, nem mesmo convocar uma assembleia geral extraordinária para mudar o conselho”, disse uma fonte ligada à empresa para a Exame.

Tanure já tem experiência em processos de recuperação judicial. Ele é um dos principais acionistas da Light (LIGT3), distribuidora de energia elétrica, e vem buscando um plano alternativo para a renovação das concessões da empresa junto à Aneel. 

Tanure conta com o apoio de Hélio Costa, ex-ministro das comunicações do governo Lula, que preside o conselho da Light e também faz parte do conselho da PRIO (PRIO3), além de ser um dos principais personagens da briga acionária entre a ESH Capital e administração da Gafisa (GFSA3).