Vivendo de Renda com Ações
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Ações
Notícias
Por que o ano está sendo tão difícil para as ações da Petrobras? Confira análise

Por que o ano está sendo tão difícil para as ações da Petrobras? Confira análise

O ano de 2025 tem sido particularmente difícil para as ações da Petrobras (PETR4). Enquanto o principal índice da Bolsa, o Ibovespa, registra alta de cerca de 18% no período, as ações da estatal brasileira acumulam queda de 13%, revelando uma discrepância significativa no desempenho em relação ao mercado como um todo. Segundo o analista Nicolas Merola, da EQI Research, essa divergência está ligada a mudanças estratégicas recentes na companhia.

“A Petrobras vinha de anos de excelente performance, especialmente entre 2022 e 2024, impulsionada por um modelo de negócios centrado na rentabilidade e na massiva distribuição de dividendos”, explica Merola. A rentabilidade da empresa, destaca o analista, estava fortemente atrelada à exploração e produção de petróleo, especialmente no pré-sal, considerado um ativo altamente competitivo no mercado global.

O cenário começou a mudar no final de 2024, quando a Petrobras revisitou seu plano estratégico. Ao invés de manter o foco exclusivo em rentabilidade e dividendos, a empresa passou a investir em expansão da produção e a explorar novas vertentes de negócio, algumas das quais haviam sido abandonadas anteriormente.

Fatores externos como impacto para ações da Petrobras

Entre as iniciativas recentes, Merola cita discussões sobre eólicas offshore, retomadas no setor de distribuição de gás e combustíveis, além de investimentos contínuos em exploração de petróleo.

Quando às eólicas offshore, porém, s discussão sobre a utilização dessas usinas acabou morrendo, ficando adormecida. “Nunca mais voltou a ser discutida”, disse ele.

Publicidade
Publicidade

Apesar do aumento da produção, o analista ressalta que a performance da Petrobras em 2025 também é impactada por fatores externos. “O preço do petróleo, que há 12 meses estava na faixa de US$ 80, atualmente gira em torno de US$ 60, em função da conjuntura geopolítica”, afirma Merola. Essa queda significativa nos preços das commodities contribui para a redução da rentabilidade e explica, em parte, a queda das ações no ano.

Para Merola, a situação da Petrobras em 2025 é fruto de uma combinação de fatores internos e externos, incluindo mudanças estratégicas, retomada de investimentos em diferentes setores e a oscilação nos preços do petróleo.

“É uma conjuntura complexa, que exige acompanhamento atento para avaliar se a companhia conseguirá reverter o desempenho aquém do esperado ao longo do ano”, conclui.

Balanço da Petrobras no 2TRI25

A Petrobras informou lucro líquido de R$ 26,7 bilhões no segundo trimestre do ano (2TRI25) revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões do mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre do ano, a petroleira informou lucro de R$ 61,8 bilhões ante R$ 21 bilhões do mesmo período do ano anterior, tendo um salto de quase 200%.

Já o lucro líquido, na rubrica sem eventos exclusivos, atingiu R$ 23,1 bilhões contra R$ 28 bilhões do mesmo período do ano passado, tendo uma queda de 17,3%. No total do primeiro semestre, esse resultado atingiu R$ 46,7 bilhões contra R$ 54,8 bi frente a igual período de 2024, resultando em uma queda de 14,8%.

A receita de vendas da companhia chegou a R$ 119 bilhões no 2TRI25, ao passo que no mesmo período de 2024, havia sido de R$ 122 bilhões, uma retração de 3,3%. Enquanto isso, nos seis primeiros meses deste ano, o resultado foi de R$ 242 bilhões contra R$ 239 bilhões do mesmo período de 2024, tendo uma elevação de apenas 1%.