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Trump exige renúncia do CEO da Intel

Trump exige renúncia do CEO da Intel

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira (7) a renúncia imediata do CEO da Intel (INTC; ITLC34), Lip-Bu Tan, alegando que o executivo enfrenta um “grave conflito de interesses”. A declaração foi feita por meio da rede Truth Social.

“Não há outra saída para esse problema”, escreveu Trump.

Poucos minutos após a postagem, às 8h48 (horário de Brasília), as ações da Intel recuavam 3,48% no pré-mercado da Bolsa de Nova York. Em determinado momento, chegaram a cair até 5%.

Lip-Bu Tan: CEO da Intel
Lip-Bu Tan, CEO da Intel. Foto: Divulgação/Intel

Lip-Bu Tan: CEO da Intel teria relações com a China

Recentemente, o senador republicano do Arkansas, Tom Cotton, levantou preocupações e pressionou o presidente do conselho da Intel sobre as supostas conexões do CEO com a China, questionando a integridade da empresa e seu impacto na segurança nacional dos EUA.

Tan assumiu a liderança da Intel em março e vem conduzindo uma reestruturação profunda na empresa.

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No fim de julho, a empresa anunciou o corte de 15% de sua força de trabalho — cerca de 14.500 postos — e mudanças na estratégia operacional, com foco em disciplina de custos.

“Não haverá mais cheques em branco”, afirmou o executivo em comunicado interno.

As medidas fazem parte de um plano para recuperar o desempenho da companhia, que vem perdendo espaço frente a concorrentes como Nvidia e AMD. A Intel tem enfrentado dificuldades após anos de decisões estratégicas equivocadas e tem pouca relevância no mercado de chips para inteligência artificial, onde a Nvidia lidera com folga.

Em entrevista à Reuters, o CFO da Intel, David Zinsner, revelou que a empresa eliminou cerca de 50% das camadas gerenciais e pretende reduzir o número total de funcionários de 96.400 para cerca de 75.000 até o fim de 2025 — uma queda de 22%, considerando também desgaste natural e outras saídas.

No memorando enviado aos colaboradores, Tan informou que a Intel mudou sua abordagem para a construção de fábricas, que agora só ocorrerá com base em demanda real, abandonando a prática anterior de antecipar o mercado.

“Cada investimento precisa fazer sentido do ponto de vista econômico”, escreveu Tan. “Vamos construir aquilo que nossos clientes precisam, no momento em que precisarem, e conquistar sua confiança com execução consistente.”