Você sabia que é possível investir em títulos do Tesouro Americano a partir de US$ 10 mil (aproximadamente R$ 50 mil)?
A Avenue, corretora americana parceira da EQI Investimentos para contas no exterior, reduziu o valor mínimo para entrar nesse mercado – antes, era preciso US$ 50 mil no mínimo (ou R$ 250 mil).
A novidade, afirma Alexandre Artmann, Chief Operating Officer da corretora, visa permitir que até mesmo o investidor com menos recursos consiga alocar em tais produtos e, assim, diversificar seus investimentos.
“Com essa diminuição dos valores mínimos, é possível alcançar um público mais amplo e oferecer acesso à diversificação da carteira por meio de produtos menos voláteis. Isso contribui para a diversificação da carteira, beneficiando investidores com menor capacidade financeira por um produto de investimento sofisticado e de desejo do brasileiro”, diz.
Por que comprar títulos do Tesouro Americano?
Comprar títulos do Tesouro Americano significa, na prática, emprestar dinheiro ao governo dos Estados Unidos. E dentre todas as opções de investimento, esta é considerada a mais segura de todas.
“Atualmente, dadas as condições da curva de juros, investir em títulos mais curtos se torna mais atrativo. Isso é algo que requer atenção, pois é comum realizar investimentos de um a dois anos, no máximo, e quando eles vencem, é necessário renová-los”, explica.
Artmann afirma que o interesse do investidor brasileiro sobre esta opção de Renda Fixa nos EUA vem crescendo.
“Estamos observando um crescente interesse no mercado internacional. Há uma clara tendência de maior procura por fundos e produtos de Renda Fixa, incluindo Certificados de Depósito (CDs) e bonds. Essa demanda crescente reflete o desejo dos investidores de buscar oportunidades além das fronteiras nacionais, em busca de diversificação, rentabilidade e proteção de patrimônio. O apetite por esses produtos está se mostrando notável, impulsionando o interesse e a participação de investidores em âmbito global”, avalia.
Hora é da Renda Fixa nos EUA
Os títulos do Tesouro Americano fazem parte da Renda Fixa, sendo que esta é a opção favorita dos investidores em qualquer lugar do mundo.
A facilidade de entendimento sobre o investimento ajuda a explicar o sucesso que esses títulos fazem.
A lógica é simples: você adquire um título de dívida e, em troca, recebe um potencial ganho financeiro no futuro. Ou seja, é como emprestar dinheiro a uma entidade (governo, banco, empresa, etc.) e receber o valor emprestado mais um prêmio pelo tempo em que o dinheiro esteve emprestado.
Já investir nos EUA é altamente recomendado para todos os perfis de investidores.
A diversificação regional e a exposição a fatores econômicos diferentes daqueles que influenciam a economia brasileira podem trazer benefícios significativos à carteira.
“Independentemente do que vai acontecer com o preço do dólar, ele segue muito importante para diversificação, porque todos os ativos brasileiros são correlacionados. Então, investir em dólar é essencial para diversificação da carteira e para melhorar a relação risco-retorno do portfólio”, explica Rodrigo Samaia, head de Produtos Internacionais da EQI Investimentos.
Cenário macro propício à Renda Fixa nos EUA
O cenário atual também é propício ao investimentos na Renda Fixa dos EUA e, consequentemente, nos títulos do Tesouro Americano.
Isso porque os juros estão em patamares bastante altos para a realidade local: entre 5,25% e 5,50%. E a sinalização é de juros altos por ainda bastante tempo, como ficou claro na ata da última reunião do Fomc, comitê de política monetária do Federal Reserve, banco central americano.
Após a divulgação da ata, nesta semana, os mercados globais reagiram com aversão ao risco, justamente porque, ao contrário do que o mercado previa, o Fed preferiu afirmar que ainda não tem clareza sobre o fim de ciclo de juros e que novas altas ainda não estão descartadas, mesmo com os indicadores de inflação cedendo. A maioria do mercado enxerga juros altos até, pelo menos, meados de 2024.
“Em termos de risco e retorno, a Renda Fixa oferece uma certa proteção. Portanto, Renda Fixa permite reduzir a volatilidade e oferece a vantagem de fluxo de caixa regular por meio da renda. No momento, parece que o risco e o retorno estão mais favoráveis para alocações em Renda Fixa em comparação com ações”, afirma Artmann.
Quais são os títulos de Renda Fixa nos EUA?
Quando falamos em Renda Fixa nos EUA, falamos de títulos do Tesouro Americano, mas também de outros tipos de papel. Confira:
- Títulos do Tesouro Americano (Treasury Bonds), que são considerados os mais seguros do mundo, emitidos pelo governo federal;
- Títulos corporativos (Corporate Bonds) emitidos por empresas para captar capital (como as debêntures no Brasil);
- Certificados de Depósito (CDs), equivalentes aos CDBs no Brasil, emitidos por bancos e instituições financeiras;
Prefixados são os títulos mais comuns
Nos Estados Unidos, os títulos de Renda Fixa mais comuns são os prefixados. Isto quer dizer que há uma taxa pré-determinada, que vale até o fim do contrato.
Os títulos americanos também costumam pagar rendimentos periódicos, geralmente semestrais – o que no Brasil acontece apenas em alguns tipos de títulos, caso dos títulos do Tesouro IPCA com juros semestrais, por exemplo.
Assim como no Brasil, a Renda Fixa nos EUA só garante a remuneração combinada se o título for mantido até o vencimento. Se você se desfazer do papel antes disso, estará sujeito à marcação a mercado – venda no mercado secundário, com valores de acordo com a demanda.
Por dentro dos títulos do Tesouro Americano
Quais os valores mínimos para investir?
Para os títulos do Tesouro Americano, o mínimo é de US$ 10 mil na Avenue.
Já os bonds corporativos (semelhantes à debêntures), têm o mínimo de US$ 5 mil. Para os demais papéis de Renda Fixa, o mínimo varia.
Dá para resgatar antes do vencimento?
É possível efetuar a venda antes do vencimento, porém, tal transação será realizada com base no preço de mercado, podendo resultar em um valor superior ou inferior ao preço de aquisição – o que é chamado de marcação a mercado.
Quanto se paga de imposto?
A alíquota aplicada é de 15% sobre os rendimentos dos cupons e sobre os ganhos de capital no momento do vencimento.
“É relevante destacar que não ocorre retenção na fonte; o valor é creditado integralmente na conta do investidor. Contudo, é imprescindível declarar esses ganhos como parte do ganho de capital no GCAP (Programa de Apuração de Ganhos de Capital) e realizar o pagamento da DARF até o último dia do mês subsequente à venda”, alerta Artmann.
Como funciona o pagamento de cupons?
Outra dúvida comum é a respeito da frequência dos pagamentos de cupons. Esses pagamentos são realizados de forma semestral, exceto no caso dos títulos do Tesouro Americano com vencimento de até 1 ano (T-Bills), que não incluem pagamentos de cupons.