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Perspectivas para os BDRs: procura vem caindo

Perspectivas para os BDRs: procura vem caindo

Segundo dados da B3, a bolsa brasileira, o número de investidores que aportam recursos em Brazilian Depositary Receipts (BDRs) vem caindo e fica a pergunta: quais as perspectivas para os BDRs?

Eram 1,4 milhões de investidores pessoas físicas que em 2021 optaram por adquirir comprovantes de compras de ações estrangeiras – um ano após os BDRs serem liberados para todo e qualquer investidor pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e não só os qualificados, como era anteriormente. Já no terceiro trimestre de 2023, eles eram 1,1 milhão.

O total investido na modalidade também recua. Já chegou a R$ 8,812 milhões, hoje é R$ 7,036.

número de investidores em BDR
Fonte: B3

Ao mesmo tempo, é crescente o número de investidores brasileiros em busca de investimento no exterior. Não seria essa, então, uma contradição?

A resposta é não. E a razão é simples: o BDR já foi a porta de entrada dos brasileiros que queriam se expor a ações americanas.

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Agora, ficou muito mais acessível e vantajoso investir diretamente em ações das empresas estrangeiras no exterior.

O que é BDR?

BDR significa Brazilian Depositary Receipt, um recibo emitido no Brasil lastreado em ativos negociados no exterior, geralmente nos Estados Unidos. Nesse processo, um intermediário (instituição financeira) adquire a ação no exterior, emite um recibo negociado no Brasil e retira a ação do mercado americano.

Por que os BDRs vêm perdendo relevância?

Conversamos com Betina dos Santos, especialista da equipe Internacional da EQI Investimentos e ela afirma que os BDRs até poderiam se justificar no passado, como um primeiro passo na internacionalização das carteiras.

Porém, atualmente, investir diretamente em ações no exterior está muito mais fácil e acessível.

Portanto, se você quer investir, por exemplo, nas big techs americanas, faz muito mais sentido comprar diretamente uma ação dessas empresas do que um BDR.

Com BDRs, investidor segue exposto a risco do real

Betina dos Santos aponta que investir em BDRs implica em permanecer exposto aos riscos da moeda local (real).

E destaca que, embora os BDRs representem um primeiro passo na exposição internacional, não são a maneira mais eficiente de entrar no mercado global, dada a menor liquidez em comparação com as opções diretas nos EUA.

“A gente sempre fala da importância de sair do risco de fronteira, investindo em moeda forte e saindo do risco Brasil. Quando se investe em BDR, o investidor está investindo no exterior, mas em real. Então, você segue suscetível aos riscos dessa moeda”, explica.

“Fora isso, o volume de BDRs ainda é significativamente inferior ao tamanho das alternativas para investir nos Estados Unidos. Temos muito menos liquidez com os BDRs. Há muito mais pessoas interessadas em comprar e vender ativos de empresas nos Estados Unidos”, diz.

E complementa: “A pessoa tem a falsa impressão de que ao comprar um BDR ela está diversificando e se protegendo da maneira correta, mas nós acreditamos que este não é o modo mais eficiente para se posicionar no mercado internacional”, pontua.

Facilidade de abertura de conta de investimentos no exterior explica menor procura por BDRs

Enquanto um BDR pode ser comprado na B3, a bolsa brasileira, uma ação de empresa estrangeira só pode ser comprada se o investidor brasileiro tiver conta de investimento no exterior.

E se antigamente o BDR era a grande solução para o investidor se expor ao exterior, porque dispensava a burocracia da abertura da conta lá fora, agora esse argumento não se sustenta.

Isso porque é possível abrir uma conta internacional de investimento em apenas alguns minutos, independentemente do montante que se tem a investir. Se você tem interesse em abrir sua conta de investimento internacional, clique aqui.

Perspectivas para os BDRs: BTG destaca recomendação de compra para GOGL34

Apesar de a procura por BDRs estar em queda, um deles entrou na lista dos ativos recomendados para 2024 do BTG: GOGL34.

A Alphabet (GOGL34) é a empresa controladora do Google, atuando no maior sistema de search engine do mundo, no sistema operacional Android para smartphones e uma variedade de outros serviços baseados na internet, incluindo o YouTube.

Outros ativos de destaque da Alphabet são: Chrome, Gmail, Google Drive, Google Maps, Google Fotos, Google Play, além da divisão de negócios Other Bets, que inclui novos negócios em várias fases de desenvolvimento, desde aqueles na fase de pesquisa e desenvolvimento até os que estão nos estágios iniciais de comercialização, como biotecnologia, venture capital, casas inteligentes e veículos autônomos.

O BTG recomenda a compra da ação e dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs) da empresa seguindo a seguinte tese:

  • liderança da empresa no segmento de busca na internet com o Google Search;
  • investimentos em ferramentas de Inteligência Artificial e machine learning em seus principais produtos e serviços;
  • aquisições geradoras de valor como a Mandiant, líder em segurança cibernética, reportando elevadas taxas de crescimento;
  • evolução das operações no segmento Other Bets (“outras apostas”).

“A Alphabet deve ser um dos principais beneficiários da temática de Inteligência Artificial com o crescimento das operações do chatbot Bard e a integração das suas operações aos demais segmentos de atuação da holding, reforçando a nossa visão otimista”, diz o banco em sua seleção.

  • Quer saber mais sobre as perspectivas para os BDRs? Clique aqui.