A BB Seguridade (BBSE3) comunicou que seu Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 8,72 bilhões em dividendos aos acionistas, referentes ao lucro líquido do exercício de 2025.
Do valor total aprovado, R$ 4,95 bilhões correspondem aos dividendos do segundo semestre de 2025. Esse montante se soma aos dividendos intercalares de R$ 3,77 bilhões, pagos em 26 de agosto de 2025, relativos ao lucro acumulado no primeiro semestre do ano.
Segundo a companhia, o valor estimado por ação é de R$ 2,54996501627. O cálculo considera os dividendos prescritos e desconsidera o saldo atual de ações mantidas em tesouraria. O pagamento está previsto para ocorrer em até 60 dias após a divulgação do resultado anual de 2025.
A BB Seguridade informou ainda que os dados finais sobre o valor efetivo por ação, a data de pagamento e o início das negociações das ações na condição “ex-dividendos” serão detalhados em aviso aos acionistas a ser divulgado juntamente com a publicação dos resultados do exercício, programada para 9 de fevereiro de 2026.
BBSE3 entra na onda de dividendos pré-tributação
A BBSE3 é mais uma empresa a divulgar o pagamento de proventos aos acionistas antes da entrada em vigor da nova lei que prevê a tributação dos rendimentos via dividendos.
Com a nova legislação, as companhias têm até o final de 2025 para anunciar e efetivar pagamentos de dividendos ainda livres de tributação. Diante desse prazo, muitas empresas passaram a antecipar a remuneração aos acionistas, acelerando o pagamento de dividendos obrigatórios com base nos lucros de 2025 e anunciando dividendos extraordinários nas últimas semanas.
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O setor imobiliário despontou como um dos principais beneficiários desse movimento. De acordo com relatório da área de Estratégia do BTG Pactual (BPAC11), o dividend yield médio das empresas do segmento em dezembro alcançou cerca de 9%, confirmando as projeções do mercado.
As construtoras lideraram as distribuições, com destaque para a Even, que registrou dividend yield de aproximadamente 10%. Direcional e Lavvi apresentaram yields próximos de 9% cada, enquanto Cury e Melnick alcançaram cerca de 8%. Na sequência aparecem Cyrela e Trisul, ambas com yields em torno de 7%, Eztec, com 5%, e Moura Dubeux, com aproximadamente 2%.
Segundo relatório do BTG, o comportamento reflete uma estratégia das companhias para maximizar o retorno aos acionistas antes da entrada em vigor da tributação sobre dividendos, ao mesmo tempo em que reforça a atratividade do setor imobiliário no curto prazo.
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