A produção industrial dos EUA registrou alta de 0,1% em setembro em comparação a agosto, segundo dados divulgados pelo Federal Reserve (Fed) nesta terça-feira (3). O resultado veio em linha com a expectativa de analistas consultados pela FactSet.
O dado referente a agosto foi revisado para baixo, passando de uma queda de 0,1% para uma contração de 0,3%. A taxa de utilização da capacidade instalada permaneceu estável em 75,9% entre agosto e setembro, refletindo a revisão do dado de agosto para o mesmo patamar.
O setor industrial apresentou um crescimento tímido, mas consistente, indicando que a atividade econômica se mantém estável. O resultado mostra que, mesmo após revisões nos dados anteriores, a produção industrial continua próxima de sua capacidade, sem sinais de expansão ou retração abrupta.
Setor de serviços dos EUA
O setor de serviços, responsável por mais de dois terços da economia americana, manteve sua atividade praticamente estável em novembro, mesmo diante de um mercado de trabalho contido e preços elevados dos insumos.
De acordo com o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM), o índice de gerentes de compras (PMI) do setor não manufatureiro subiu levemente, de 52,4 em outubro para 52,6 em novembro, acima da previsão de 52,1 feita por economistas consultados pela Reuters.
Especialistas destacam que, apesar da estabilidade, o crescimento do setor de serviços ainda é impulsionado principalmente por famílias de renda mais alta. A recente volatilidade do mercado de ações pode, no entanto, reduzir os gastos desses consumidores, limitando a expansão econômica nos próximos meses.
Mercado de trabalho nos EUA
O relatório da ADP mostrou que o setor privado dos Estados Unidos perdeu 32 mil vagas em novembro, contrariando a expectativa de criação de cerca de 10 mil postos de trabalho, segundo estimativas da LSEG. Esse resultado, ajustado sazonalmente, reforça preocupações sobre uma possível desaceleração do mercado de trabalho.
O desempenho negativo de novembro segue após um outubro mais robusto, que teve ganho revisado de 47 mil vagas. A maior parte da reversão foi registrada em pequenas empresas: negócios com menos de 50 funcionários cortaram 120 mil empregos, incluindo 74 mil cortes em empresas com 20 a 49 empregados.
Em contrapartida, empresas maiores, com 50 ou mais trabalhadores, apresentaram saldo positivo de 90 mil contratações. A perda de novembro representa a maior redução de empregos desde março de 2023.






