Na terça-feira (29), foi ao ar a quarta edição da série After Market, promovida pela EQI Investimentos, com foco em um dos temas mais urgentes e estratégicos para quem busca proteção patrimonial e crescimento financeiro: a importância de investir no exterior. O encontro foi conduzido por Caio Dittrich e contou com a participação especial de Ícaro Ferreira, especialista da EQI Internacional.
No centro da discussão, esteve um dado alarmante: apesar da crescente globalização do consumo, 92% do patrimônio financeiro dos brasileiros ainda está alocado exclusivamente no país — que representa apenas 3% do PIB mundial, 2% da renda fixa global e 1% da renda variável global. Ou seja: como explicou Ferreira, é como ir ao supermercado e se restringir a apenas 1% dos produtos disponíveis nas prateleiras.
“Investir só no Brasil é como ir ao supermercado e ficar restrito a apenas 1% dos produtos, sem levar Coca-Cola, sem Danone ou Nestlé. Só a Apple vale US$ 3 trilhões, mais do que toda a B3, a bolsa brasileira, que vale US$ 650 bilhões”, comparou.
A live trouxe uma análise técnica e acessível sobre os benefícios da diversificação internacional, especialmente diante da fragilidade cambial do real. Ferreira destacou que o real perdeu 67% de seu valor em relação ao dólar na última década, passando de 60 para 20 centavos de dólar por real.
“O real completou 30 anos e só se desvaloriza. Proteger parte do patrimônio em dólar é garantir poder de compra — e não é uma jogada de risco, é uma medida de proteção. Quem é conservador não pode deixar de investir no exterior”, afirmou.
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Investir no exterior é ser conservador: dólar é classe de ativo essencial
Outro ponto debatido foi a necessidade de enxergar o dólar como uma classe de ativo essencial. Segundo estudo recente do FGVcef (Centro de Estudos em Finanças da FGV), a alocação ideal em dólar varia entre 15% e 30% do portfólio de um investidor brasileiro, dependendo da faixa de renda. O motivo? Até 25% da cesta de consumo do brasileiro é impactada pela variação cambial — desde alimentos básicos até tecnologia e viagens internacionais.
Para Ferreira, a ideia de que investir no exterior é algo exclusivo para grandes fortunas é equivocada e ultrapassada. “Hoje já é possível investir em mercados globais com corretoras como a Avenue e o BTG Pactual, que oferecem atendimento totalmente em português e acesso direto ao mercado norte-americano. Não é preciso dominar outro idioma ou viajar para fora”, explicou.
Não espere o momento perfeito
Um dos destaques da transmissão foi o alerta contra a tentativa de prever o câmbio. Segundo os especialistas, o chamado dollar cost averaging — estratégia de compra periódica de dólares em pequenas quantidades — é a melhor forma de construir uma posição segura no exterior ao longo do tempo.
“Câmbio é o cemitério dos analistas. Quem tenta adivinhar, geralmente erra. O segredo é constância e estratégia”, reforçou Ferreira.
Além da proteção cambial, a diversificação internacional permite escapar da alta correlação entre os ativos brasileiros.
“Aqui, quando uma crise chega, tudo cai junto — ações, renda fixa, tudo. É preciso cortar o cordão umbilical e buscar ativos que não se movem todos na mesma direção”, afirmou.
After Market: conteúdo estratégico ao investidor
Com transmissão ao vivo e gratuita, o After Market já se consolidou como um espaço relevante para quem busca entender o cenário macroeconômico com profundidade. A cada terça-feira, especialistas da EQI destrincham temas que afetam diretamente as decisões de investimento dos brasileiros, da política internacional à inflação doméstica.
Confira a programação completa e clique nos links para conferir os conteúdos já disponíveis:
- 08/04 – Tarifaço de Trump: Como lidar com o pânico nos mercados?
- 15/04 – Como a inflação te afeta no dia a dia?
- 22/04 – Como proteger uma carteira perante incertezas de mercado?
- 29/04 – Por que investir no exterior é tão importante para o brasileiro?
- 06/05 – A Bolsa volta mesmo? Blue Chips ou Small Caps?
- 13/05 – Imóveis físicos ou renda fixa: como comparar o melhor investimento?
A série é uma realização da EQI Investimentos, uma das maiores assessorias financeiras do país, com mais de R$ 40 bilhões sob custódia, 80 mil clientes e atuação internacional por meio de parceria com a Avenue e o BTG Pactual.
Para quem perdeu o episódio ou quer participar dos próximos encontros, as inscrições são gratuitas e podem ser feitas clicando no botão abaixo. Uma oportunidade imperdível para quem deseja transformar conhecimento em estratégia financeira!