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Top 3 FIIs para investir com o fim da alta da Selic no horizonte

Top 3 FIIs para investir com o fim da alta da Selic no horizonte

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (17), manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. A decisão, amplamente antecipada pelo mercado, marca a segunda manutenção consecutiva da taxa e sinaliza que o ambiente econômico ainda exige cautela por parte das autoridades monetárias.

No entanto, com início do ciclo de corte de juros nos EUA e as projeções indicando um início de queda no início de 2026, é hora de já se posicionar!

Fundos imobiliários são atrativos em cenário de juros ainda altos?

Apesar do cenário econômico desafiador, o IFIX, índice que representa os fundos imobiliários na bolsa, já acumula uma valorização próxima de 10% em 2025, renovando recordes históricos diante da crescente expectativa do mercado por um possível início do ciclo de cortes na taxa Selic.

Além disso, o indicador Preço sobre Valor Patrimonial (P/VP) permanece abaixo da média histórica, o dividend yield se mantém elevado, girando em torno de 11,5% ao ano, e a maioria dos segmentos continua apresentando resultados operacionais sólidos.

Carolina Borges, head e analista de fundos imobiliários da EQI Research, destaca que o momento atual reflete um cenário de resiliência para o setor.

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“Vemos alta taxa de ocupação, queda na inadimplência e repasses inflacionários sendo aplicados nos contratos de locação. Na minha visão, estes são sinais típicos de uma transição de ciclo: desempenho operacional robusto e preços comprimidos”, afirma.

Para orientar os investidores nesse contexto, Carolina Borges selecionou os top FIIs que merecem atenção neste momento de mercado.

Ciclos da Selic e do IFIX nos últimos 10 anos

Top FIIs para o atual cenário

Em meio à perspectiva de juros mais baixos no médio prazo, Borges destaca três top FIIs que considera bem posicionados: LVBI11, GARE11 e MANA11. As indicações não compõem uma carteira recomendada, mas refletem ativos com potencial diante do atual contexto macroeconômico.

Pátria VBI Logística (LVBI11)

O LVBI11 reúne dois atributos raramente encontrados no mesmo fundo: geração de renda consistente e elevado potencial de valorização patrimonial. O portfólio conta com 10 ativos logísticos distribuídos em quatro estados, somando mais de 510 mil m² de área bruta locável (ABL).

Dos 10 imóveis, oito estão totalmente ocupados ou próximos desse patamar. Atualmente, a vacância física consolidada é de 10,7%, concentrada principalmente em Cajamar (56,3% de vacância) e Mauá (100% vago).

A qualidade do portfólio vem sendo testada, e até aqui a gestão demonstra capacidade de reposicionamento rápido. Em Cajamar (SP), a desocupação ocorrida no final de 2024 já resultou em mais de 50% da área realocada, e novas tratativas estão avançadas para reduzir ainda mais esse índice, restando apenas um módulo disponível. Em Mauá (SP), a vacância deve ir a zero em breve, com detalhes financeiros a serem divulgados.

Esses movimentos indicam demanda saudável pelos ativos do fundo, apesar do impacto negativo que as desocupações tiveram sobre o desempenho recente das cotas. O principal ponto de atenção está na participação do ativo em Extrema (MG), responsável por cerca de 25% da receita do fundo. A Nestlé, uma das ocupantes, já comunicou a devolução do espaço para outubro.

Guardian Real Estate (GARE11)

O GARE11 combina escala, diversificação e previsibilidade. Com 39 imóveis distribuídos em 14 estados e 100% dos contratos na modalidade atípica (com multa integral em caso de rescisão), o fundo opera com vacância zero e apresenta WAULT (prazo médio de contratos de locação) de 12,6 anos, um dos mais longos do IFIX.

A carteira do GARE é híbrida, com cerca de 74% em renda urbana e 26% em logística, com locatários de alto grau de crédito, como Carrefour, BAT, Grupo Mateus e Air Liquide. A diversificação é acompanhada por presença em regiões estratégicas como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Maceió e outras zonas adensadas.

O fundo opera com alavancagem líquida de 26%, sustentada por CRIs estruturados, tendo os próprios contratos de locação como lastro. A gestão mantém um colchão de caixa capaz de cobrir 9 anos das obrigações de amortização e segue atenta a oportunidades de venda de ativos com lucro para reciclagem do portfólio, como já feito com a liquidação do imóvel BRF VISA no início do ano.

Manatí Multiestratégia (MANA11)

Os fundos multiestratégia têm sido um dos destaques de 2025. Embora o formato seja relativamente recente, os ativos que compõem essas carteiras já são bem conhecidos do investidor: CRIs, ações do setor imobiliário, cotas de outros FIIs e imóveis físicos. A grande vantagem está na flexibilidade (quando bem utilizada) de ajustar o peso desses ativos conforme o cenário econômico.

Nesse contexto, a Manatí tem se destacado com o MANA11. Hoje, 72,5% da carteira está alocada em crédito estruturado, seguido por cotas de outros FIIs (14%); incorporação imobiliária (9,6%); ações (1,7%); e 3,9% em caixa.

Diferentemente de gestores que se concentram em empreendimentos imobiliários em São Paulo, a Manatí vem diversificando geograficamente, direcionando recursos para outras grandes praças como Santa Catarina e Goiás.

Em qual FII devo investir hoje?

Não existe um único fundo imobiliário (“FII”) que seja ideal para todos, mas é importante estar atento alguns parametros como a qualidade dos ativos do fundo, o histórico de distribuição de dividendos, a vacância dos imóveis, a localização dos empreendimentos, a gestão do fundo, e o seu próprio perfil de risco e objetivos financeiros.

Qual é o melhor momento para comprar FIIs?

O melhor momento para comprar FIIs é quando estão com bom desconto em relação ao valor patrimonial, mantendo fundamentos sólidos e boa gestão. Cenários de queda nos preços ou Selic em baixa favorecem o investimento. Avalie também a qualidade dos imóveis e a consistência dos dividendos.

Como escolher um bom FII?

Para escolher um bom FII, avalie a qualidade dos imóveis, a experiência da gestão e a consistência nos dividendos. Verifique a vacância, os tipos de contratos e o P/VP. Fundos com boa liquidez e ativos bem localizados tendem a ser mais seguros.

Quantos FIIs devo ter em minha carteira?

O ideal é ter entre 5 e 10 FIIs para uma boa diversificação sem perder o controle da carteira. Isso ajuda a diluir riscos (vacância, inadimplência, setores) e facilita o acompanhamento de cada fundo. Mais que isso pode dificultar a gestão.

Para conferir as análises completas dos top FIIs e os preços-alvo, acesse o relatório exclusivo no botão abaixo.