Incertezas quanto ao risco fiscal do país, inflação no foco do Banco Central e perspectivas de juros em alta ainda por um bom tempo.
Os Fundos de papel ainda são boas alternativas para o investidor nesse momento, pois têm mostrado boa resiliência e proporcionado as melhores rentabilidades, principalmente, em momentos de turbulências na economia.
Mas, o que o investidor desse tipo de ativo deve considerar ao comprar e manter os FIIs de papel na carteira, seja qual for o cenário?
Para ajudar, o Portal EuQueroInvestir ouviu Felipe Paletta, analista de FIIs da Monett, para saber quais são as 5 razões para investir em Fundos de papel que devem ser consideradas hoje e sempre.
Saiba quais são e garanta sempre uma carteira balanceada!
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5 razões para investir em Fundos de papel
1- Grande diversificação de risco
O investimento em título de renda fixa permite que se diversifique mais o seu capital que os Fundos de tijolo.
“Isso porque, para comprar uma laje comercial, por exemplo, há um grande desembolso de capital, que poderia ser diversificado em 20, 30 ou 40 títulos de renda fixa de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ou Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que tem esse poder de diversificar o risco para o investidor”, explica Felipe Paletta, analista de Fundos Imobiliários da Monett.
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2 – Alta liquidez dos investimentos do fundo
Aqui se trata da capacidade de transformar o patrimônio do fundo em dinheiro.
“No geral, as gestoras de fundos investem em títulos que tenham uma capacidade de serem renegociados no mercado, com uma liquidez bem interessante, muito maior que a dos imóveis propriamente ditos”, aponta o especialista.
3- Prêmio maior do que títulos de plataformas de investimentos
O investidor de um Fundo de papel está comprando CRIs ou LCIs, com taxas mais atrativas, uma vez que o tamanho do cheque dessas gestoras é maior.
“Muitas vezes, esses fundos criam a inteligência de fazer novas emissões, com taxas muito mais atrativas de rentabilidade”, esclarece Paletta.
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4 – Repasse imediato de juros e inflação
Nos Fundos de papel, a correção ocorre de acordo com o indexador, à medida em que os meses passam e de acordo com a emissão de cada título.
“Diferentemente dos imóveis, nos quais há o repasse da inflação anualmente em que é possível corrigir o valor do aluguel no longo prazo, à medida em que se tem as revisionais dos contratos de aluguel”, diz.
Dessa forma, o investidor tem mais previsibilidade nesse sentido para criar uma estratégia de diversificação.
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5 – Tendência de ter maiores dividendos
A maior parte do retorno do investimento em tijolo vem no longo prazo em função da apreciação dos imóveis, que em maior ou menor magnitude, sempre se valorizam. Sendo assim, a tendência é que esses fundos paguem menos dividendos.
“Já os Fundos de papel repassam imediatamente os juros e inflação. Em função disso, a tendência é que se veja no curto prazo dividendos mais elevados em relação ao preço de mercado e menos valorização de capital, que é o caso dos Fundos de tijolo”, finaliza Felipe Paletta.
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O que são Fundos de Papel e Fundos de Tijolos?
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