Depois da alta de 0,59% em outubro no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado o índice oficial de inflação do Brasil, vale a pena saber o que os especialistas em Fundos Imobiliários pensam sobre os impactos para esses investimentos.
Isso porque, a inflação positiva interrompeu uma sequência de três meses de deflação. Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,70%. Já nos últimos 12 meses, o índice está em 6,47%.
O portal EuQueroInvestir conversou sobre o IPCA em alta e os Fundos Imobiliários com Carol Borges, analista de FIIs da EQI Research, e Felipe Paletta, analista da Monett.
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IPCA em alta: como afeta os Fundos Imobiliários de papel
Carol Borges avalia que os três meses de registro de deflação (julho, agosto e setembro) foram eventos pontuais.
Nesse período, segundo ela, foi excelente para as janelas de oportunidades em Fundos de papel, que negociaram com deságio frente ao valor patrimonial, principalmente, os mais expostos ao IPCA. Contudo, a volta da inflação positiva já era prevista.
“O resultado de outubro não significa que o nível de inflação deve voltar a patamares muito elevados no curto ou médio prazo”. Para ela, os altos e baixos extremos no IPCA devem ser analisados com critério.
“O ciclo de inflação muito alta não foi normal. Assim como os três meses de deflação também não é algo que esperamos que seja levado para o longo prazo”, esclarece.
A analista lembra ainda da importância de ter fundos atrelados a veículos de investimento que remuneram a inflação.
“Ainda estamos com essa preferência, principalmente, para Fundos de recebíveis com indexadores mistos, que também tenham exposição ao CDI, que ainda devem seguir a patamares elevados”, completa.
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Melhores oportunidades em Fundos Imobiliários para o momento
Carol destaca oportunidades em Fundos que tenham exposições mais elevadas em IPCA.
“Ainda estamos vendo Fundos com deságio em 5 ou 6% de desconto frente ao valor patrimonial. Esses são bons veículos que vão repor a inflação. Continuamos, portanto, com a mesma tese de Fundos Imobiliários de CRIs com indexadores mistos”, finaliza.
IPCA em alta: cotistas de FIIs devem receber proventos em janeiro
O valor positivo do IPCA mensurado em outubro deve refletir nos proventos dos Fundos Imobiliários nos próximos dois meses, ou seja, os cotistas devem verificar os aumentos em janeiro de 2023.
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IPCA em alta e os Fundos Imobiliários por Carol Borges, analista de FIIs da EQI Research. Ouça o comentário:
IPCA acima das expectativas: qual o impacto no mercado de Fundos Imobiliários?
Para Felipe Paletta, analista de Fundos Imobiliários da Monet, a divulgação da taxa de inflação de outubro, que veio acima das expectativas, pesou bastante.
“O anúncio coincidiu com o registro de inflação abaixo das expectativas lá fora. Isso veio em um momento posterior à eleição de um governo que traz a problemática do risco fiscal”, aponta.
Segundo ele, todos esses aspectos são importantes, pois fazem com que o investidor cobre um prêmio de risco mais elevado na taxa de juros de longo prazo, o que prejudica o valuation não apenas dos Fundos Imobiliários, mas também das ações.
“Esse é um fenômeno que a gente precisa entender no curto prazo. Já a médio e longo prazo, continuamos com uma perspectiva positiva de recuperação econômica doméstica. O Brasil continua sendo uma boa aposta em meio aos pares globais”, destaca Paletta.
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IPCA em alta: o que os investidores de FIIs de papel devem acompanhar?
O analista da Monett reitera que, neste momento, o investidor, que está alocado em Fundos de Papel precisa ser um pouco mais seletivo, especialmente, do ponto de vista de crédito.
“Vimos que nesse trimestre os bancos divulgaram resultados com aumento de provisão para devedores duvidosos, o que deixa claro que precisamos ficar atentos com a qualidade desse crédito, já que isso pode refletir em risco para a nossa carteira de Fundos Imobiliários”, completa.
IPCA em alta e os Fundos Imobiliários por Felipe Paletta, analista da Monett. Ouça o comentário:
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