O Índice de Fundos de Investimento Imobiliários (Ifix) encerrou fevereiro com alta de 3,34%, registrando sua primeira valorização desde agosto de 2024. O resultado positivo marca uma virada após cinco meses consecutivos de queda, refletindo o interesse renovado dos investidores no segmento imobiliário, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador.
A recuperação do IFIX superou ativos tradicionais, como o ouro, que subiu 1,79%, e o Bitcoin, que amargou uma queda de 16,96%. No entanto, a sustentabilidade desse movimento ainda é incerta, principalmente com a manutenção da Selic em patamares elevados. O Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa básica de juros para 13,25% ao ano e já indicou um novo ajuste para a reunião de março, o que pode impactar a atratividade dos FIIs frente a outros investimentos de renda fixa.
Ifix em recuperação: oportunidades e desafios
Apesar da pressão dos juros altos, os Fundos de Investimento Imobiliário seguem apresentando oportunidades atrativas. Segundo análise do mercado, os FIIs ainda operam com descontos expressivos, especialmente nos segmentos de papel, galpões logísticos e Fundos de Fundos (FOFs).
O múltiplo Preço/Valor Patrimonial (P/VP) está próximo das mínimas históricas em quase todos os setores, enquanto o prêmio dos FIIs sobre os títulos públicos está próximo das máximas, o que reforça o potencial de valorização desses ativos.
Outro fator relevante para o setor é a discussão sobre a reforma tributária. Em janeiro, o veto presidencial que tornou os FIIs contribuintes no novo imposto agregado gerou incertezas e afetou negativamente o índice, que recuou 3%. No entanto, o mercado agora espera que o Congresso reverta essa decisão, o que pode trazer um novo impulso para os fundos imobiliários.
“O cenário base do mercado é o de derrubada do veto, visto que o desempenho fraco do Ifix em janeiro foi primordialmente impactado pelo novo fantasma da tributação. O bom desempenho de fevereiro reflete as expectativas de que nada mudará em relação a este assunto, pelo menos por ora”, afirma Carolina Borges, analista de FIIs e head da EQI Research.
Desempenho e perspectivas
A Carteira Recomendada de FIIs da EQI Research superou o IFIX em fevereiro, com alta de 4,90%, impulsionada pelo desempenho expressivo de ativos como VCJR11 (+10,27%) e RBRY11 (+7,91%). Entre os fundos de tijolo, o LVBI11 se destacou com alta de 7,17%, refletindo a confiança do mercado na nova gestão do fundo.

Para março, a estratégia do mercado segue focada na busca por ativos descontados e com bom carrego de dividendos. Fundos de papel e FOFs continuam sendo opções atrativas, embora o cenário macroeconômico ainda exija cautela. Caso a Selic se mantenha elevada por mais tempo, os FIIs podem enfrentar volatilidade, mas, para investidores de longo prazo, o momento atual ainda representa boas oportunidades de entrada.
A cautela permanece, mas os fundamentos do setor continuam promissores para quem busca diversificação e rendimento a longo prazo.
Confira, abaixo, quais são os FIIs recomendados pela EQI Reseach:

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