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Ata do Copom confirma Selic a 14,25% em março

Ata do Copom confirma Selic a 14,25% em março

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou nesta terça-feira (4) a ata de sua 268ª reunião, realizada dias 28 e 29 janeiro, quando foi definida, por unanimidade, a alta da Selic em 1 ponto porcentual, o que levou a taxa de 12,25% para 13,25%.

Na ata, o comitê justifica sua decisão e confirma que antevê um aumento de mesma magnitude para a próxima reunião, que acontece dias 18 e 19 de março. O fim do ciclo de alta da Selic, no entanto, não é indicado no documento, ficando em aberto a depender dos dados de inflação divulgados até lá.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião. Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

gráfico Selic

Ata do Copom: cenário

Segundo a ata, o ambiente externo continua desafiador, principalmente devido à conjuntura e à política econômica dos EUA, gerando incertezas sobre a desaceleração, desinflação e postura do Fed. Os bancos centrais das principais economias seguem focados na convergência da inflação para suas metas, exigindo cautela dos países emergentes. No cenário doméstico, a atividade econômica e o mercado de trabalho mostram dinamismo. No entanto, a inflação permanece acima da meta, com novas elevações nos últimos dados, e as expectativas para 2025 e 2026 subiram para 5,5% e 4,2%, respectivamente.

Atenção ao fiscal

O Comitê reafirmou a importância de políticas econômicas previsíveis, críveis e anticíclicas, destacando a necessidade de harmonia entre as políticas fiscal e monetária. A percepção dos agentes sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida tem impactado ativos e expectativas.

O enfraquecimento das reformas, o aumento do crédito direcionado e as incertezas sobre a dívida podem elevar a taxa de juros neutra, reduzindo a eficácia da política monetária e aumentando o custo da desinflação, destaca o Copom. “A manutenção de canais monetários desobstruídos é essencial para uma condução eficiente da política econômica”.

Projeções para a inflação

O Copom vê um cenário inflacionário desafiador, exigindo atenção à desancoragem das expectativas e aos impactos do câmbio, da atividade econômica e da política monetária global. Assim como no comunicado, o comitê apontou uma possibilidade de desaceleração da economia, mas ainda sem sinais concretos. Este detalhe, em específico, havia ocasionado uma alta nos mercados após a decisão de juros em janeiro.

Os principais riscos para a inflação apontados pelo Copom na ata são:

  1. Desancoragem das Expectativas: As expectativas de inflação aumentaram significativamente, indicando um cenário mais adverso. Esse fenômeno pode elevar o custo da desinflação e exigir uma política monetária mais rígida.
  2. Inflação de Curto Prazo Elevada:
    • Preços de alimentos subiram devido à estiagem e ao aumento do preço das carnes, com impacto persistente.
    • Bens industrializados sofrem pressão inflacionária pelo câmbio desvalorizado.
    • Inflação de serviços, que tem maior inércia, continua acima da meta, refletindo um mercado aquecido.
  3. Projeções Elevadas: A inflação projetada para 2025 é de 5,2%, acima da meta, e de 4% para 2026, demonstrando um cenário desafiador.
  4. Riscos Assimétricos: A probabilidade de inflação acima do esperado é maior, com fatores como:
    • Persistência da desancoragem das expectativas, pressionando preços e salários.
    • Superaquecimento da economia, que impulsiona a inflação de serviços.
    • Câmbio desvalorizado, afetado por questões fiscais internas e externas.
  5. Riscos Menores para a Desinflação:
    • A desaceleração global parece menos provável, dada a resiliência econômica.
    • A possibilidade de uma desaceleração doméstica mais forte foi discutida, mas sem sinais concretos de uma contração abrupta.

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