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FII Trade: analistas veem nova janela de oportunidade no mercado de fundos imobiliários

FII Trade: analistas veem nova janela de oportunidade no mercado de fundos imobiliários

Analistas da EQI Research apontam troca tática entre FIIs de papel para buscar maior potencial de retorno

Uma nova dinâmica no mercado de fundos imobiliários abriu espaço para um FII Trade mais estratégico, segundo avaliação dos analistas Nicolas Merola e Carolina Borges, da EQI Research. Eles apontam que o momento favorece operações táticas entre fundos de papel, especialmente considerando o comportamento recente dos juros e o movimento das cotas no mercado secundário.

O KNCR11, maior FII do mercado, segue como referência em qualidade e robustez. Com patrimônio superior a R$ 9 bilhões, o fundo possui carteira amplamente pulverizada e composta majoritariamente por CRIs de baixo risco, indexados ao CDI. Cerca de 90% dos títulos são remunerados a CDI + 2,12% ao ano, com duration de 3,8 anos.

Essa estrutura, somada à presença de caixa, LCIs e pequena parcela de CRIs ligados à inflação, cria uma posição defensiva, mas limita o retorno potencial — hoje estimado em CDI – 0,1% ao ano, segundo a EQI. O prêmio de aproximadamente 3% sobre o valor patrimonial reforça a percepção de que o fundo oferece previsibilidade, porém com upside reduzido.

FII Trade: alternativa mais arrojada com o HSAF11

Para investidores dispostos a assumir mais risco, os analistas destacam o HSAF como uma opção mais arrojada dentro da estratégia de FII Trade. Com patrimônio de R$ 222 milhões, o fundo tem 62,6% da carteira diretamente alocada em CRIs — 37% indexados ao IPCA, com taxa média de IPCA + 8,65% e duration de 4,2 anos, e 25% remunerados a CDI + 4,62%.

O restante está distribuído entre FIIs de papel (19,7%), fundos de tijolo (3,6%) e aplicações de baixo risco (14,1%). O grande diferencial está no valuation: enquanto o KNCR negocia com ágio, o HSAF é cotado a 0,87 vez seu valor patrimonial, incorporando um desconto que, segundo a EQI, compensa parte da maior volatilidade.

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O fundo, porém, carrega riscos relevantes. A concentração é elevada: os quatro principais CRIs somam quase 42% do patrimônio. Além disso, a forte presença de indexadores diferentes — especialmente o IPCA — tende a produzir maior volatilidade no curto prazo, caso inflação ou curva real sofram movimentos inesperados.

Apesar dos riscos, o HSAF11 apresenta taxas mais altas e um desconto significativo, oferecendo maior potencial de retorno. Já o KNCR11 se mantém como uma alternativa sólida e previsível para perfis conservadores. Para a EQI Research, o momento é favorável a uma alocação tática, e não a uma troca estrutural, dentro de uma estratégia de FII Trade.