Em meio a um cenário econômico global volátil e marcado por incerteza na política monetária dos Estados Unidos, o BTG Pactual divulgou sua carteira com os melhores ETFs para investir em maio de 2025. A seleção traz opções de investimento diversificadas, acessíveis e com foco em potencial de retorno acima do CDI — o principal referencial da renda fixa brasileira.
A proposta da carteira “ETF Strategy”, segundo o BTG, é combinar praticidade, baixo custo e robustez na alocação de ativos. Com um desempenho acumulado de 2,33% em abril e uma projeção de retorno anual de até 14,5%, a estratégia se mostra eficaz diante dos desafios macroeconômicos do momento.
Melhores ETFs para investir: aposta em inflação e real fortalecido
A estratégia para o mês de maio prioriza ativos indexados à inflação, diante da perspectiva de desancoragem do IPCA e valorização do real frente ao dólar. O banco acredita que a proximidade do fim do ciclo de alta da Selic no Brasil e as turbulências externas criam um ambiente favorável para esses papéis.
Entre os destaques da carteira estão os ETFs:
- PACG11 – fundo de renda fixa atrelado ao índice IMA-B (referência para títulos indexados à inflação), com alocação elevada de 7,5% para 15%.
- PACC11 – também vinculado ao IMA-B, mas com foco em papéis de vencimento mais curto (20% de alocação).
- PACB11 – voltado para papéis atrelados ao IPCA com duration longa, com aumento de 2,5% para 7,5%.
Com esses ajustes, os fundos indexados à inflação passaram a representar 42,5% da carteira.
Menos exposição internacional e a commodities
Por outro lado, o BTG reduziu a exposição ao SPXB11 (ETF do S&P 500), que sofreu com a valorização do real e a instabilidade da economia norte-americana. O percentual investido nesse ETF caiu de 17,5% para 15%.
O fundo CMDB11, voltado para empresas de commodities, foi removido da carteira neste mês após registrar desempenho negativo em abril (-6%), impactado por quedas generalizadas no setor.
Ações brasileiras em alta
Apesar de um recuo na alocação geral em renda variável local, alguns ETFs ganharam espaço:
- IBOB11 – que acompanha o Ibovespa, subiu de 5% para 7,5%.
- SMAB11 – ETF de small caps que passou a compor 1,5% da carteira, após valorização de 8,1% no mês.
Essas adições refletem uma maior confiança do banco no desempenho da bolsa brasileira.
Alternativos e proteção
O banco também mantém uma posição estratégica em ativos alternativos como:
- GOLD11 – fundo atrelado ao ouro, com retorno de 5% no mês.
- HASH11 – ETF de criptoativos com alta de 10,9%, apesar da elevada volatilidade.
Ambos têm sido utilizados para suavizar os impactos de choques globais.
Top 5 ETFs da carteira BTG em maio de 2025
- PACC11 – Renda Fixa IPCA curta (20%)
- DEBB11 – Debêntures atreladas ao CDI (20%)
- PACG11 – Renda Fixa IPCA longa (15%)
- SPXB11 – S&P 500 (15%)
- PACB11 – IPCA longa (7,5%)
Com base em análise de 10 anos, a estratégia do BTG apresentou um desempenho médio 1,7 ponto percentual acima do CDI. A expectativa para os próximos 12 meses é de retorno real de IPCA + 10,5%, com volatilidade moderada de 6% ao ano.

Para saber mais sobre ETFs
ETF é a sigla para Exchange Traded Fund, ou Fundo de Índice. Trata-se de um tipo de fundo de investimento negociado na bolsa de valores, como se fosse uma ação. O ETF replica a performance de um índice de mercado — como o Ibovespa, o S&P 500 ou o Nasdaq-100 — e busca oferecer aos investidores uma forma simples e diversificada de exposição a uma cesta de ativos, como ações, títulos ou commodities.
Investir em ETFs traz várias vantagens:
Diversificação automática: Ao comprar uma única cota de um ETF, o investidor se expõe a dezenas ou até centenas de ativos ao mesmo tempo.
Baixo custo: ETFs geralmente possuem taxas de administração menores que fundos tradicionais e não cobram taxa de performance.
Liquidez: São negociados em bolsa em tempo real, como ações, permitindo compra e venda a qualquer momento do pregão.
Acesso facilitado: Permitem que investidores iniciantes tenham acesso a mercados complexos de forma prática.
Sim, a B3 (bolsa de valores brasileira) oferece tanto ETFs que replicam índices brasileiros quanto ETFs que espelham índices internacionais. Por exemplo, há ETFs como o BOVA11 (que segue o Ibovespa) e o IVVB11 (que replica o S&P 500 dos EUA). Esses ETFs internacionais são chamados de BDRs de ETF, pois representam cotas de fundos estrangeiros negociadas no Brasil.
A resposta depende do perfil do investidor:
Na B3:
É mais simples, sem necessidade de declarar conta no exterior ou lidar com câmbio. É ideal para quem busca praticidade e exposição internacional de forma indireta.
No exterior (via corretoras internacionais):
Pode ser mais vantajoso para quem quer acesso direto a uma gama maior de ETFs, com taxas ainda menores e mais opções de setores, países e estratégias. No entanto, envolve uma burocracia um pouco maior, exposição direta ao dólar, possíveis taxas de corretagem internacionais e declaração mais complexa no Imposto de Renda.