A JGP Asset Management, gestora fundada no final dos anos 1990 por Paulo Guedes e André Jakurski, arrecadou R$ 300 milhões para seu fundo de infraestrutura II Renda Fixa Crédito Privado, desenvolvido em parceria com a EQI Investimentos.
Com um “dividend yield” médio de 14% ao ano, o fundo é voltado para investidores qualificados. Ele combina debêntures incentivadas, que garantem isenção de Imposto de Renda, com ativos “high yield”, de securitização e “special situations” (como precatórios e operações com empresas que enfrentam problemas de liquidez, embora ainda não haja alocações nesse segmento).
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Detalhes sobre o fundo da JGP e EQI
O FI-Infra da JGP conta com 6.676 cotistas e exige um investimento mínimo de R$ 1 mil. Embora atualmente esteja fechado para novas captações, o fundo é oferecido na plataforma da EQI. Agora, as cotas são negociadas no mercado secundário, dentro do ambiente da Cetip. Ou seja, o fundo é negociado no mercado de balcão da B3, mas não é listado no pregão.
Segundo Roberto Varaschin, co-fundador e diretor da EQI Investimentos, em entrevista ao Valor Econômico, essa oferta foi especial para a EQI, pois marca sua apresentação como uma terceira via com capacidade de distribuição em um mercado cada vez mais centralizado.
“Nosso esforço tem sido intenso nesse sentido e, somente neste ano, já realizamos a distribuição de mais de R$ 2 bilhões em ativos exclusivos construídos a quatro mãos com nomes conhecidos do mercado, como a JGP,” conclui.
Fundos de infraestrutura: saiba mais sobre eles
Desde meados de 2019, os fundos de infraestrutura, como FIP-IE, FI-Infra e FDIC-Infra, ganharam destaque no mercado de capitais.
Embora essa nova classe de ativos seja mais diversificada do que aparenta, ela possui um grande potencial para se destacar no financiamento de setores de infraestrutura.
Para aproveitar ao máximo esse potencial, é fundamental entender as diferentes categorias de fundos e como cada tipo pode contribuir para a carteira dos investidores.
As diferenças entre eles residem principalmente nos limites de alocação e nos tipos de ativos que podem compor a carteira. O FIP-IE e o FDIC-Infra são destinados exclusivamente a investidores qualificados, enquanto os FI-Infra podem ser acessíveis a investidores em geral.
Quais são as diferenças?
Existem três aspectos fundamentais a serem considerados ao analisar os fundos de infraestrutura: a cobertura, o recheio e o sabor.
De acordo com o banco de investimentos BTG Pactual (BPAC11), a “cobertura” refere-se ao tipo de veículo utilizado para constituir o fundo. Os principais veículos incluem:
- Fundos de Investimento em Participações de Infraestrutura (FIP-IE)
- Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra)
- Fundos de Investimento em Direitos Creditórios de Infraestrutura (FDIC-Infra)
Esses veículos compartilham algumas características comuns, como serem constituídos como condomínios fechados, listados em bolsa e a exigência de investir a maior parte do patrimônio em infraestrutura, além de oferecerem isenção de IR sobre rendimentos e ganhos de capital para pessoas físicas.
Quais são as principais estratégias?
O banco de investimentos explica que a analogia do “recheio” destaca as estratégias macro e micro dos fundos. As principais macroestratégias incluem crédito e equity.
Enquanto alguns fundos se concentram exclusivamente em títulos de renda fixa, outros investem em participações em empresas e projetos. Há também fundos híbridos que combinam essas duas abordagens.
As microestratégias envolvem a forma como esses investimentos são realizados e como o fundo proporciona valor aos investidores.
Já o “sabor” refere-se ao nicho específico dentro da infraestrutura em que o fundo opera. O termo “infraestrutura” é amplo e abrange uma variedade de oportunidades de alocação com diferentes níveis de risco, como água e saneamento, portos, transmissão de energia, geração eólica, e geração hidrelétrica, entre outros.
Quais são os benefícios?
Os principais benefícios dos veículos listados de infraestrutura incluem:
- Isenção de IR: Rendimentos e ganhos de capital são isentos de Imposto de Renda para investidores pessoa física.
- Acesso a Ativos Exclusivos: Permitem o acesso a ativos geralmente não disponíveis para investidores de varejo.
- Diversificação de Carteira: Oferecem a possibilidade de diversificação com menor necessidade de recursos.
- Liquidez em Bolsa: Proporcionam liquidez ao serem negociados em bolsa.
- Gestão Profissional: Contam com a gestão de especialistas no setor.
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