Oportunidades em criptomoedas: interesse em crescimento

A maturação do setor de criptomoedas e a crescente adoção por grandes instituições financeiras, apontam para um cenário robusto de oportunidades em criptomoedas. A análise foi conduzida por Leonardo Ferreira Gonçalves, Head de Criptoativos da EQI Investimentos, e Renato Campos, Profissional de Criptoativos da Hashdex, em live realizada pela EQI (veja vídeo na íntegra ao final do texto).

De acordo com Renato Campos, a entrada de players institucionais de peso, como BlackRock e Fidelity, com seus ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos, marcou um ponto de virada.

“O ETF de Bitcoin da BlackRock chegou a US$ 100 bilhões em valor sob gestão, tornando-se o ETF mais rentável da gestora. Isso deu acesso ao investidor institucional, que agora considera os criptoativos uma classe em uma carteira diversificada”, afirmou.

Campos citou dados que ilustram essa tendência: mais de 65 milhões de americanos já possuem criptomoedas, mais de 90 empresas listadas possuem os ativos declarados em balanço, e metade dos Hedge Funds e três quartos dos Family Offices já fazem alocações na classe.

“Oito em cada dez millennials milionários já possuem cripto. A próxima geração já está se posicionando”, complementou.

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Oportunidades em criptomoedas: mudança de Perfil

Gonçalves ressaltou a evolução na percepção sobre os criptoativos, que tem registrado uma mudança muito intensa nos últimos anos.

“Deixou de ser um ativo visto com viés puramente especulativo para assumir uma posição estrutural dentro de um portfólio de longo prazo. O Bitcoin, por exemplo, é cada vez mais encarado como um ativo descorrelacionado dos tradicionais, com grande potencial de valorização”, explicou.

Gonçalves apresentou dados que mostram que, em nove dos últimos doze anos, o Bitcoin foi a classe de ativos com melhor desempenho global, superando índices como S&P e ouro. Ele também destacou a resiliência do ativo em cenários de estresse geopolítico, onde, após eventuais quedas iniciais, tendeu a apresentar performances positivas em prazos um pouco mais longos.

Avanço regulatório

Os especialistas apontaram os avanços regulatórios nos Estados Unidos, intensificados após a posse do presidente Donald Trump, como um dos principais combustíveis para o mercado.

“Houve uma mudança de 180 graus. Temos uma força-tarefa pró-cripto, reguladores alinhados e até o reconhecimento do Bitcoin como reserva estratégica americana. Isso abre portas para tokenização e adoção por empresas”, detalhou Campos.

O cenário macroeconômico também é favorável, com expectativa de corte de juros nos EUA e uma redução nas tensões geopolíticas.

“Um ambiente de maior liquidez global e menos incerteza é tradicionalmente positivo para ativos de risco, incluindo criptomoedas”, completou Gonçalves.

Como se expor de forma inteligente

Questionados sobre a melhor forma de os investidores, especialmente os menores, aproveitarem as oportunidades, ambos enfatizaram a importância da prudência e da diversificação.

“É muito cedo para o investidor comum navegar sozinho e tentar escolher os ‘vencedores’ em uma classe de ativo tão nova e dinâmica. O risco de escolher um projeto que não se sustente é alto”, alertou Campos. Ele defendeu a exposição por meio de índices diversificados, como o NASDAQ Crypto Index, seguido por ETFs como o HASH11 (H1) da Hashdex no Brasil.

Leonardo Gonçalves reforçou a necessidade de estratégia e disciplina. “O mercado cripto não difere da renda variável. É preciso ter uma estratégia definida, evitar decisões emocionais e considerar os criptoativos como parte de um todo balanceado. Conte com educação e orientação para tomar as melhores decisões”, concluiu.

A visão consolidada pelos especialistas é de otimismo fundamentado, com a crença de que a tecnologia blockchain e os criptoativos representam uma tendência de longo prazo, com oportunidades em criptomoedas sendo consolidadas pela adoção institucional e por um ambiente regulatório mais claro.

Confira a live abaixo, na íntegra: