A EQI Research divulgou o relatório sobre FI-Infras para abril, com informações sobre os acontecimentos dos fundos sob cobertura da casa de análise, além da atualização do preço teto para cada um dos fundos.
Os fundos seguiram em trajetória de valorização neste mês e em termos de alocação, o destaque ficou por conta dos fundos do Itaú (IFRA11 e IFRI11), que participaram de algumas emissões de debêntures.
Atualmente, o analista João Zanott, da EQI Research, tem preferência por dois FI-Infras: o IFRI11, como opção atrelada ao CDI, e o JURO11, indexado ao IPCA. A escolha se baseia no maior nível de desconto apresentado por esses fundos em comparação aos demais.

FI-Infras: valorização significativa
Em seu relatório, o analista avaliou que a classe de FI-Infras se valorizou significativamente. Com muitos fundos sendo negociados próximos ao valor patrimonial, o investidor deve adotar uma postura mais cautelosa e considerar uma exposição mais limitada a essa classe de ativos, especialmente diante dos prêmios historicamente baixos no mercado de crédito privado.
Entre os dois fundos destacados, o IFRA11 apresentou um desempenho da sua cota no mercado de 3,4% desde a última atualização mensal. O fundo pagou um rendimento mensal de R$ 1 por cota, o que representa uma rentabilidade de proventos anualizada de 12,3%, considerando o preço de mercado da cota.
“A gestão do IFRA11 realizou alocações relevantes ao longo de março, com participação em diversas ofertas primárias. Entre os principais investimentos do mês, destacam-se as debêntures da PAX e PRS Aeroportos, responsáveis pela operação dos aeroportos de Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ), com prazos de 15 anos e taxas de IPCA + 9,58% e IPCA + 8,61%, respectivamente. Os papéis possuem ratings AA- (PAX) e AA (PRS), atribuídos pela Moody’s”, diz trecho do relatório.
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Já o IFRI11 registrou um desempenho da sua cota mercado de 0,5% com relação à última atualização mensal. O fundo pagou um rendimento mensal de R$ 1 por cota, representando uma rentabilidade de proventos anualizada de 12,6%, considerando o preço de mercado da cota.
“A gestão do IFRI11 adotou uma estratégia de alocação semelhante à implementada no IFRA11 ao longo de março. Foram realizadas vendas no mercado secundário, incluindo a liquidação das posições em BRIT12 (Brisanet), QUNT11 (Quantum Participações) e RSAN25 (Corsan), além da redução parcial da exposição em RENTC8 (Localiza)”, diz outro trecho do relatório.