A EQI Research fez uma alteração na carteira vivendo de renda de novembro: reduzindo a alocação em ações de 32% para 25%, redistribuindo para Fundos Imobiliários (FIIs), no perfil sofisticado. Além disso, o time da casa de análise aproveita a alta de 9,5% da seleção de ações pagadora de dividendos desde a última publicação.
A partir desta edição, a analista Carolina Borges, head da EQI Research, assume a comunicação com o investidor, trazendo o racional por trás das escolhas e atualizações sempre que necessário. Mas, a estratégia continua sendo conjunta, e o propósito permanece o mesmo: ajudar o investidor a viver de renda com qualidade.
“Quando falamos em renda recorrente, estamos falando de ativos maduros, geradores de caixa e com política clara de distribuição de lucros, como FIIs, FI-Infras, empresas consolidadas e instrumentos de crédito bem estruturados. Já carteiras mais ‘sofisticadas’ tendem a ter uma parcela maior em ativos em crescimento ou reestruturação, onde a geração de renda não é o objetivo imediato. Eles podem trazer valorização no longo prazo, mas não entregam fluxo mensal de forma consistente num curto e médio prazos”, explicou ela, no relatório.
E é nesse equilíbrio que a casa de análise está ajustando a carteira. O investimento em ações entra para os perfis moderado e sofisticado, mas com peso moderado quando comparado a uma carteira cujo foco não seja a distribuição de renda.
Vivendo de renda: preservação de patrimônio
A carteira Vivendo de Renda nasceu de um objetivo simples, mas importante: fazer com que o patrimônio acumulado ao longo dos anos gere um fluxo previsível e recorrente, capaz de sustentar uma vida financeira mais tranquila, seja para a aposentadoria, seja para conquistar mais liberdade de escolha.
Sendo assim, a casa de análise entende que é prudente realizar parte do lucro na carteira de ações para direcionar para fundos imobiliários, equilibrando inclusive a progressão de alocação entre perfis.
Veja como ficou a divisão da alocação para este mês:

Tributação de dividendos
No cenário econômico, a mudança na tributação de dividendos altera um ponto que, até então, era pilar da estratégia de muitos investidores voltados para a renda: a isenção sobre lucros distribuídos por empresas. A partir de 2026, dividendos pagos a pessoas físicas e algumas estruturas jurídicas passam a ser tributados de forma progressiva, conforme o recebimento mensal por CNPJ.
“É uma mudança relevante, mas não é homogênea. Nem todos serão afetados e, para a maior parte dos investidores que recebem renda de fundos imobiliários, ações e renda fixa, a regra não muda”, diz trecho do relatório.
Em síntese, a nova tributação não compromete a tese de viver de renda – mas reforça a importância de um desenho mais inteligente da origem dessa renda. Com isso, o relatório cita que a carteira segue buscando fluxo de caixa consistente, diversificação de fontes e proteção fiscal onde ainda faz sentido.
Veja como está o retorno acumulado da carteira vivendo de renda:

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