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Super Quarta: veja quais as expectativas para os juros no Brasil e nos EUA

Super Quarta: veja quais as expectativas para os juros no Brasil e nos EUA

Dia 31 acontece a primeira Super Quarta do ano, quando Copom e Fomc decidem juros no Brasil e nos EUA.

O nome Super Quarta foi dado justamente para as datas em que as decisões coincidem nos dois países, revelando o peso das decisões no mercado local. Em 2024, além desta Super Quarta, haverá mais três outras ocasiões em que as decisões irão coincidir (veja calendário abaixo).  

Para esta decisão, as projeções são unânimes são de nova queda de 50 pontos-base dos juros no Brasil, com Selic alcançando 11,25%, e manutenção dos juros nos EUA, mantendo o patamar  atual de 5,25-5,50%.

Sem grandes novidades aguardadas para a data, a expectativa fica mesmo por conta dos comunicados dos bancos centrais.

O que os agentes e os investidores buscam saber é: se o ritmo de cortes acelera ou descacelera no Brasil e quando (e em qual ritmo) começam os cortes americanos.

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Super Quarta: expectativas no Brasil

No Brasil, é esperado que a Selic vá a 11,25% na quarta, mas alcance cerca de 9% ao ano ainda em 2024.

Ao que tudo indica, pelo menos até aqui, o ritmo de 50 pontos-base de corte a cada reunião deverá mesmo ser mantido pelo Banco Central.

Isso porque os últimos dados de inflação do país apontam queda dos preços, mas com composição ainda não favorável, com o setor de serviços piorando na margem, explica João Rabe, economista da EQI Asset.

O que sinaliza que o Copom deve manter o pace, já que ainda existem dúvidas do que está por trás da inflação, especialmente em serviços. “Isso deve preocupar o comitê e fazer com que mantenham os cortes de 50 pontos-base nas próximas reuniões”, avalia.

Histórico da Selic

Selic: histórico
Fonte: EQI com BC

Super Quarta: expectativas  nos EUA

Já nos EUA, é grande a dúvida sobre quando começam os cortes. O mercado aguardava um ciclo de queda de juros a partir de março, mas os últimos indicadores postergaram as apostas.

Agora, o mercado trabalha com maio e junho como possibilidades.

“A decisão desta quarta-feira dos EUA deve ser de manutenção, mas sem muitas sinalizações pelo Fed”, acredita Rabe.

Para ele, o banco central americano deve seguir baseando suas decisões nos dados econômicos divulgados. “O comitê vai olhando os dados e ancorando suas decisões no que os dados mostrarem”, acredita.

Os últimos dados que justificam a provável decisão pela manutenção são o Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), que subiu 0,2% em dezembro, em linha com as expectativas.

Ele corroborou as leituras do CPI e PPI, inflação ao consumidor e produtor, respectivamente, divulgados anteriormente, de que os preços fecharam o ano em um patamar melhor.

A atividade americana, no entanto, tem se mostrado resiliente, sendo uma grande incógnita e deixando o comitê de política monetária preocupado ainda.  O Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2023 surpreendeu positivamente ao avançar 3,3%, acima do esperado.

No entanto, apesar do dado ser considerado positivo, ele acende um alerta para o Fed. Isso porque, no geral, a atividade continua bem, mas exige cautela na política monetária. E sinaliza que a inflação vem caindo, mas a atividade continua forte, com dois trimestres crescendo acima do esperado, o que levanta dúvidas sobre a convergência da inflação, se ela é realmente sustentável ao longo do tempo, ou se há risco de se observar uma reaceleração.

Ouça o áudio de João Rabe na íntegra:

Histórico dos juros nos EUA

juros nos EUA
Fonte: EQI com Fed

Super Quarta: Quando serão as próximas reuniões do Copom?

As reuniões do Copom em 2024 estão programadas para:

  • 30 e 31 de janeiro
  • 19 e 20 de março
  • 7 e 8 de maio
  • 18 e 19 de junho
  • 30 e 31 de julho
  • 17 e 18 de setembro
  • 5 e 6 de novembro
  • 10 e 11 de dezembro

Super Quarta: Quando serão as próximas reuniões do Fomc

As reuniões do Fomc em 2024 estão programadas para:

  • 30 e 31 de janeiro
  • 19 e 20 de março
  • 30 abril e 1 de maio
  • 11 e 12 de junho
  • 30 e 31 de julho
  • 17 e 18 de setembro
  • 5 e 6 de novembro
  • 17 e 18 de dezembro

A política monetária e o impacto para os investidores

As decisões de política monetária desempenham um papel significativo para os investidores devido à influência direta na taxa de juros.

As alterações nas taxas de juros impactam os custos de empréstimos e o retorno dos investimentos.

Os investidores monitoram atentamente as decisões de políticas monetárias para se antecipar às mudanças nas condições financeiras, ajustar estratégias de investimento e mitigar riscos associados a movimentos nas taxas de juros.

A estabilidade e previsibilidade da política monetária ajudam na formação de expectativas dos investidores e para sustentar um ambiente propício ao investimento.

Para saber mais sobre o impacto dos ciclos econômicos nos investimentos, clique aqui e assista o vídeo abaixo.