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Sucessão patrimonial: como engajar a próxima geração de investidores?

Sucessão patrimonial: como engajar a próxima geração de investidores?

A transferência de riquezas entre gerações é um dos desafios mais críticos para famílias com alto patrimônio. Estima-se que, nas próximas décadas, cerca de US$ 83,5 trilhões sejam repassados dos baby-boomers para seus herdeiros e 80 % desses jovens mudem de assessor financeiro após a morte dos pais.

Diante desse cenário, a pergunta essencial é: seus herdeiros estão preparados para manter e ampliar esse legado?

Por que envolver seus filhos desde cedo?

Você já falou com seus filhos sobre o valor do dinheiro e o poder do investimento?

Escolher o momento adequado para esse bate-papo faz toda a diferença. Ignorar essa etapa pode resultar naquele famoso “avô rico, pai bem de vida e neto pobre”: o patrimônio existe, mas o entendimento sobre como usá-lo desaparece.

Aproximação e transparência

Quando você abre espaço para conversar com os herdeiros sobre finanças, demonstra que confia neles e os respeita como parte ativa da família. Isso evita que, no futuro, procurem outro assessor ou tomem decisões sem o seu apoio.

Fidelização de longo prazo

Filhos que participam das discussões financeiras criam vínculo com você. Ao entenderem a lógica dos investimentos desde cedo, é muito mais provável que permaneçam com as mesmas estratégias de crescimento do seu patrimônio após a sua falta.

Alinhamento de objetivos familiares

Levar pais e filhos a definirem juntos metas de longo prazo faz com que cada geração compartilhe valores e sonhos. Assim, as expectativas ficam claras e todos trabalham na mesma direção para preservar e multiplicar o legado.

Os 3 pilares para continuidade do seu legado  

Depois de assistir à palestra inspiradora de Bobby James Ning, CFP®, no MDRT 2025, fica evidente como cada um desses pilares ganha vida quando tratado com empatia.

Assessoria familiar de confiança

Participar de um almoço em família vai além de revisar números; é entender sonhos, receios e ambições de cada geração. Esse vínculo humano faz o conselho valer mais do que qualquer planilha.

Conexão intergeracional

O “consórcio de primos” funciona como um laboratório vivo de ideias. Reunir filhos e netos em encontros cria um espaço onde todos possam questionar, aprender e sentir-se parte da construção patrimonial.

Educação financeira estruturada

Com base no framework apresentado por Bobby, pequenas “missões” adaptadas a cada fase da vida, como simulações de investimento em família e criação de mini-fundos para projetos pessoais, reforçam o aprendizado e celebram cada conquista.

Implementando o modelo ADDIE na educação financeira

O modelo ADDIE é um framework para desenvolver programas de aprendizagem de forma estruturada e eficaz. O acrônimo ADDIE representa as cinco fases do processo:

Análise (Analysis)

Levantamento de necessidades: define-se o público-alvo (crianças, adolescentes, jovens adultos) e suas lacunas de conhecimento sobre finanças e patrimônio.

Design (Design)

Planejamento didático: escolhem-se formatos (workshops, vídeos curtos, quizzes interativos), estruturam-se módulos e roteiros e definem-se métodos de avaliação, como questionários e simulações.

Desenvolvimento (Development)

Produção de conteúdo: criação de slides, guias e exercícios práticos, sempre com validação junto a especialistas ou a um público-piloto.

Implementação (Implementation)

Execução do programa: aplicação das sessões presenciais ou online, distribuição de materiais e coleta de feedback inicial para ajustes de formato e logística.

Avaliação (Evaluation)

Mensuração de resultados: uso de testes de conhecimento, análise de mudanças de comportamento e comparativo de métricas antes e depois para verificar se os objetivos foram atingidos e identificar pontos de melhoria.

Revisitar cada fase periodicamente garante que o programa evolua conforme as necessidades da família e o progresso dos herdeiros.

Dicas práticas para começar hoje mesmo

Não espere a maioridade dos filhos para falar de finanças.

Experimente:

  • Jogos de finanças na infância: tabuleiros que simulam orçamento e investimentos.
  • Oficinas familiares trimestrais: reúna toda a família para planejar metas e revisar resultados.
  • Leituras em grupo: discuta trechos de “Pai Rico, Pai Pobre” e aplique as lições em exemplos reais.
  • Mini-investimentos supervisionados: pequenos aportes em ativos selecionados, com relatórios simples de desempenho.

Essas práticas tornam os conceitos tangíveis e reforçam a importância do diálogo contínuo.

Preparar a próxima geração é tão estratégico quanto qualquer investimento financeiro. Ao adotar com empatia os três pilares (assessoria familiar de confiança, conexão intergeracional e educação estruturada) e aplicar o modelo ADDIE, as famílias capacitam os herdeiros a se tornarem guardiões ativos do legado.

Fale com um planejador financeiro e saiba como incluir os seus filhos nas estratégias para continuação do seu patrimônio.

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