A sucessão patrimonial é fundamental para garantir a continuidade e a preservação do patrimônio familiar ao longo das gerações. O processo envolve transferência organizada e planejada dos bens, ativos e responsabilidades de uma pessoa para seus herdeiros ou sucessores.
Essa transição ocorre após o falecimento do detentor do patrimônio ou em momentos específicos de transição, como a aposentadoria.
O planejamento cuidadoso da sucessão patrimonial é essencial para garantir que o legado familiar seja preservado, minimizando conflitos e questões legais.
Leia este artigo e saiba como fazer uma sucessão patrimonial.
O que é sucessão patrimonial?
A sucessão patrimonial, também conhecida como planejamento sucessório, é o processo de transferir a propriedade e a gestão dos ativos de uma pessoa para seus herdeiros ou sucessores, de acordo com desejos e objetivos do detentor.
O primeiro passo essencial é iniciar o processo de planejamento sucessório o mais cedo possível, a fim de esclarecer todas as questões e impasses que possam surgir. Muitas pessoas adiam essa tarefa importante, o que pode levar a complicações no futuro.
Reunir a família para discutir abertamente sobre o patrimônio, desejos e expectativas é fundamental nessa fase inicial.
O planejamento sucessório evita o processo de inventário judicial, que é demorado e pode ser bastante custoso. Além disso, a via judicial pode trazer desgastes por disputas familiares, o que pode ser evitado pelo planejamento.
O processo de inventário pode custar cerca de 20% do valor total da herança. Nesse sentido, o valor é estimado considerando honorários advocatícios, custas processuais e o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).
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Como fazer uma sucessão patrimonial?
Para um planejamento eficiente, é crucial identificar e avaliar todos os ativos e passivos da família. Isso pode incluir propriedades, investimentos, contas bancárias, empresas e quaisquer outras fontes de riqueza. A avaliação precisa ajudará a determinar o valor total do patrimônio e a proporção em que será distribuído entre os herdeiros.
O testamento é o documento legal que expressa a vontade do indivíduo sobre a distribuição de seus bens após o falecimento. Esse documento deverá ser elaborado com o auxílio de um advogado especializado em sucessão patrimonial, garantindo que todas as formalidades legais sejam atendidas.
Outra alternativa é criar um acordo de família, no qual os membros estabelecem diretrizes e regras para a gestão do patrimônio em vida, bem como para a transição após o falecimento do detentor dos ativos. Essa abordagem pode promover maior entendimento e harmonia entre os herdeiros, evitando conflitos futuros.
Para famílias com companhias ou propriedades significativas, a criação de uma empresa familiar ou truste pode ser uma estratégia inteligente. Essas estruturas legais oferecem benefícios, como proteção contra impostos excessivos, continuidade da gestão e preservação do patrimônio de maneira mais eficiente.
A sucessão patrimonial pode acarretar obrigações fiscais significativas. É essencial antecipar e planejar esses custos para evitar surpresas desagradáveis.
Um planejamento cuidadoso pode ajudar a minimizar a carga tributária sobre o patrimônio e garantir que o legado familiar seja preservado sem grandes impactos financeiros.
Além de lidar com aspectos financeiros e legais, é importante preparar os herdeiros para assumir a responsabilidade da gestão do patrimônio.
Isso inclui fornecer treinamento adequado, incentivar a educação financeira e orientá-los sobre os valores e princípios familiares. Uma sucessão bem-sucedida requer herdeiros preparados para tomar decisões conscientes e informadas.
Maneiras de preparar a sucessão patrimonial
Uma das formas mais eficientes de gerenciamento do patrimônio é a criação de uma holding patrimonial. Trata-se de uma pessoa jurídica criada com o intuito de administrar os bens familiares, o que facilita muito o processo sucessório.
Outras maneiras podem ser:
- Previdência privada: investimento de longo prazo que pode auxiliar na sucessão patrimonial. O funcionamento dela ocorre em duas partes: a fase de acumulação e a fase de resgate.
- Seguro de vida: o contratante paga um prêmio à seguradora a fim de garantir uma indenização se ocorrer um risco coberto.
- Doações: Para fazer a transferência dos bens ainda em vida, é possível efetuar a doação de patrimônio. É o caso de passar bens imóveis para o nome dos herdeiros, por exemplo. Uma das regras é não doar a totalidade dos bens em vida. Além disso, é preciso conservar 50% do patrimônio para os herdeiros necessários quando houver.
Sucessão patrimonial: organização deve ser recorrente
A vida está em constante mudança, e o mesmo acontece com o patrimônio e os objetivos familiares.
Para que o momento de sucessão seja o menos estressante possível, é essencial revisar e atualizar o planejamento sucessório regularmente. Mudanças nas leis, circunstâncias familiares e econômicas podem exigir ajustes no plano, garantindo sua relevância e eficácia contínuas.
Quanto antes houver o planejamento, melhores serão os resultados.
Como cada família é única, um planejamento personalizado é fundamental para atender às necessidades e desejos específicos de cada caso.