Você já teve a sensação de que o dinheiro simplesmente desaparece da sua conta? Até parece que é um dinheiro perdido. Afinal, o salário cai, você paga as contas, dá uma escapadinha no fim de semana… e pronto: acabou.
Mas e se eu te dissesse que talvez o problema não esteja só nos boletos grandes, e sim em pequenos hábitos do dia a dia que vão sugando seu dinheiro sem você perceber?
Pois é, tem muita gente perdendo dinheiro de forma silenciosa. E o pior: achando que está tudo sob controle. Vamos ver se você também está nessa?
Taxas ocultas: o vilão silencioso do seu extrato
Sabe aquele banco antigo que você nem usa mais, mas nunca encerrou a conta? Então…
Tem a história do Pedro, por exemplo. Ele ficou anos sem movimentar a conta em um bancão e, quando resolveu consultar, tinha acumulado mais de R$ 2 mil em taxas de manutenção. Isso mesmo: R$ 2 mil por uma conta que ele nem lembrava que existia. Resultado? Nome sujo por uma dívida que nem sabia que tinha.
Esse tipo de cobrança é mais comum do que parece. Bancos e instituições financeiras lucram com tarifas “escondidas” que vão pingando mês a mês.
Taxa de manutenção de conta, anuidade de cartão, tarifa de renovação, taxa de performance, seguro empurrado, tarifa para usar o cartão em moeda estrangeira… parece pouco, mas junta tudo isso num ano e você tem um rombo gigante no bolso.
A saída?
- Primeiro: abra seu internet banking AGORA e fuce seu extrato com lupa. Anote tudo que estiver saindo automaticamente.
- Segundo: se você tem contas inativas, fecha logo, sem dó.
- Terceiro: converse com seu gerente e veja o que dá para cortar ou negociar. Muita coisa dá para zerar com um bom papo ou migrando para contas digitais isentas.
Resumo rápido do que foi tratado neste tópico:
- Analise seu extrato detalhadamente.
- Feche contas antigas e inativas.
- Negocie taxas com o banco ou mude para instituições sem tarifas.
Leia também:
- Taxa de corretagem: entendendo a tarifa
- Saiba quais são as taxas e índices que todo investidor deveria conhecer
Esqueceu o e-mail? Perdeu o desconto!
Você está comprando online? Então presta atenção nesse detalhe: verificar o e-mail antes de finalizar a compra pode render bons descontos. Sério mesmo!
Tem loja que manda cupom de última hora só porque você deixou o produto no carrinho. Isso se chama recuperação de carrinho abandonado. É uma tática comum do e-commerce: você começa o processo de compra, mas não finaliza. A loja então manda um cupom de 10%, 15% ou até mais só para te convencer a fechar negócio.
Imagina só: você ia pagar R$ 300 num tênis, mas deixou a aba aberta, foi fazer outra coisa, e quando voltou tinha um e-mail com 15% de desconto esperando. Economia de R$ 45 só por esperar alguns minutos. Nada mal, né?
E não esquece de olhar o spam. Às vezes os cupons vão parar lá.
Resumo rápido do que foi tratado neste tópico:
- Sempre cheque sua caixa de e-mail (e spam) antes de concluir uma compra online.
- Pause o processo por alguns minutos. O desconto pode chegar sozinho.
- Assine newsletters de lojas que você costuma comprar para receber cupons.
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Desperdício de alimentos: dinheiro no lixo (literalmente)
Você já se pegou jogando comida fora? Pode ser aquele arroz do dia anterior que você nem tentou reaproveitar, as frutas que estragaram na geladeira ou aquela porção extra no restaurante que você não aguentou comer. Tudo isso é dinheiro jogado fora.
Se você faz compras no mercado sem planejamento, acaba levando mais do que precisa. Resultado: a comida vence, estraga e vai para o lixo. A mesma coisa acontece com restaurantes. Às vezes a gente paga por um combo maior, por “só mais R$ 5”, mas a fome não acompanha.
Outro erro clássico: preparar marmita e, mesmo assim, almoçar fora. A comida fica na geladeira e depois é descartada. A marmita é uma grande aliada do planejamento financeiro e, além de tudo, geralmente mais saudável.
Planejar refeições, montar uma lista de compras e aproveitar melhor os alimentos são formas simples de economizar.
Resumo rápido do que foi tratado neste tópico:
- Faça compras planejadas para evitar excessos.
- Aproveite as sobras: elas viram novas refeições.
- Dê preferência à marmita em vez de comer fora todo dia.
Dinheiro parado perde valor (sim, isso acontece)
Tem gente que acha que dinheiro parado é segurança. Mas a verdade é que dinheiro parado é dinheiro derretendo. A inflação come o seu poder de compra devagarzinho.
Vamos lá: se você tem R$ 5 mil parados hoje, e a inflação em 2025 for de 5%, no fim do ano seu dinheiro vai valer, na prática, R$ 4.761. Ou seja: você perdeu quase R$ 240 sem fazer nada.
Agora, se esse mesmo valor for investido no Tesouro Selic — que é um dos investimentos mais seguros do país — e que hoje paga cerca de 13% ao ano, você termina o ano com R$ 5.664. E se deixar até 2029, pode virar R$ 8.233. Está vendo a diferença?
Não precisa virar trader, nem correr risco. Só precisa sair da inércia e deixar o dinheiro trabalhar para você.
Resumo rápido do que foi tratado neste tópico:
- Dinheiro parado perde valor por causa da inflação.
- Invista nem que seja no Tesouro Selic, com rentabilidade acima da inflação.
- Faça o dinheiro trabalhar por você — mesmo nos investimentos mais conservadores.
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Assinaturas fantasmas: a nova assombração do seu orçamento
Você se lembra de todas as suas assinaturas digitais? De verdade?
Uma pesquisa da Bango mostrou que os brasileiros gastam, em média, R$ 1.416 por ano com serviços de assinatura digital. Isso dá quase R$ 120 por mês.
O mais louco: 32% das pessoas pagam por serviços que nem usam, e 63% dizem não conseguir gerenciar todas as assinaturas num só lugar.
Tem gente aí perdendo um salário mínimo por ano com streaming, app fitness, plano de leitura e por aí vai — tudo sem usar. E ainda reclama no final do mês dizendo que “não sobra dinheiro”.
A dica aqui é ser estratégico. Se você curte várias plataformas de streaming, que tal assinar só uma por vez? Maratona tudo, cancela e vai para próxima. Hoje em dia, é super fácil ativar e cancelar assinaturas. Só precisa vencer a preguiça.
Resumo rápido do que foi tratado neste tópico:
- Revise todas as suas assinaturas.
- Cancele o que não usa ou está duplicado.
- Experimente o rodízio de plataformas: um serviço por mês já resolve.
Estacionamento: um gasto que vira uma viagem
Já parou para somar quanto gasta com estacionamento por mês? Imagina que você pague R$ 30 cada vez que sai com o carro. Se fizer isso três vezes por semana, estamos falando de R$ 360 por mês. No ano, isso dá R$ 4.320. Com esse valor, dá para ir para Miami, pagar uma diária num resort all inclusive ou até comprar um videogame novo.
Estacionamento é aquele gasto invisível que pesa no fim do mês. Mas dá para evitar. Planeje seus deslocamentos com antecedência. Busque lugares com estacionamento gratuito, ou aqueles que dão desconto após compras. E, sempre que possível, avalie se não é mais barato ir de Uber ou transporte público.
Sem contar que sair com pressa aumenta ainda mais esse custo. Chegar em cima da hora te obriga a parar no lugar mais caro. Organização aqui vale ouro!
Resumo rápido do que foi tratado neste tópico:
- Planeje seus trajetos para evitar estacionamentos caros.
- Use transporte público ou apps de transporte quando valer a pena.
- Some seus gastos mensais com estacionamento. O valor pode te surpreender.
Só usa débito? Você está perdendo benefícios
Tem gente que só compra no débito por medo de se enrolar. Mas sabia que usar cartão de crédito com inteligência pode te dar um monte de vantagens?
Milhas, cashback, descontos, acesso a salas VIP, concierge de viagens… tudo isso é possível. O segredo é escolher um cartão com bons benefícios e pagar a fatura em dia, sempre.
Cartões como o Ultra Blue do BTG Pactual (BPAC11), por exemplo, oferecem cashback de até 1,7% em compras no exterior, pontos que nunca expiram e acesso ilimitado a salas VIP — só para citar alguns mimos. Também há bônus de até 100 mil pontos ao atingir certos gastos. E sim, até o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) das compras internacionais pode render cashback.
Ou seja: se você só usa débito, está abrindo mão de várias oportunidades de economizar e ainda ganhar vantagens reais.
Resumo rápido do que foi tratado neste tópico:
- Use cartões com cashback, milhas ou pontos.
- Pague sempre o valor total da fatura (nunca entre no rotativo!).
- Escolha cartões com benefícios que combinam com seu perfil de consumo.
Dica extra: gaste melhor, viva melhor
Economizar dinheiro não é deixar de viver. É só fazer escolhas mais conscientes, sabendo onde cada centavo está indo. Quando você controla o dinheiro, e não o contrário, até o cafezinho no fim do dia tem outro sabor.
Com essas dicas, não há desculpa para não economizar e ficar falando que “nunca sobra nada”. Só com elas você pode economizar R$ 4 mil por ano sem nem perceber.
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