A sexta edição do Raio X do Investidor, divulgada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o DataFolha na sexta-feira (5), mostrou que 3% dos brasileiros ainda guardam dinheiro no colchão.
O percentual de entrevistados que guarda dinheiro no colchão aumentou de 2021 para 2022, saindo de 2% para 3%, segundo a Associação.
A pesquisa da Anbima mostra também que mais da metade dos brasileiros (57%) não conhece produtos financeiros, portanto, não têm nenhum recurso investido.
Das pessoas que têm a renda mais alta no Brasil, 38% se enquadram nos que não têm dinheiro nem no banco, nem no colchão do quarto.
Os dados foram coletados entre os dias 9 e 29 de novembro de 2022 por meio de 5.818 entrevistas presenciais e margem de erro de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.
- Leia também: Planejamento financeiro: por onde começar?
Maior objetivo de investimento foi comprar casa própria
Daqueles que se declararam investidores e detêm a maior renda, acumulam renda familiar média mensal de R$ 6.067,00.
Entre os que conseguiram economizar no período, a principal atitude foi a redução de gastos ao deixar de sair, com cortes, por exemplo, em entretenimento. Houve cortes supérfluos ou compras desnecessárias, além de um planejamento e/ou racionalização maior das despesas domésticas.
A maior variação entre os anos de 2021 e 2022 foi no quesito “guardei uma parte do meu salário”, que variou de 11% para 15%.
O principal destino do dinheiro aplicado pelos investidores brasileiros continua sendo a casa própria ou compra de imóvel. Em seguida, aparece a manutenção dos recursos em produtos financeiros.
Dinheiro no colchão e poupança seguem em alta
Na hora de aplicar seus recursos, investidores continuam preferindo a poupança. Apesar de mostrar maior diversificação na hora de conhecer os diversos tipos de produtos financeiros, o brasileiro se mantém atado à poupança quando realmente investe.
Em 2022, 26% ainda afirmaram utilizar caderneta de poupança para aplicar seus recursos. A classe A/B é a que mais usa esse produto financeiro, seguida pela C e pela D/E. Todos os outros investimentos apresentaram índices menores do que 5% entre a população.
As pessoas da classe A/B, na comparação com as de outras camadas, diversificam mais seus recursos. Entre os investimentos estão fundos, títulos privados, compra e venda de imóveis, moedas digitais, ações, previdência privada.