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Onde investir: quanto rende R$ 100 mil na Renda Fixa? Qual a alocação recomendada? Confira

Onde investir: quanto rende R$ 100 mil na Renda Fixa? Qual a alocação recomendada? Confira

Imagine que você tem hoje, em mãos, R$ 100 mil para investir. O que faria? Onde investir? Ao longo deste texto, vamos te dar uma sugestão de alocação feita pelos especialistas da EQI Investimentos. Vamos ainda, fazer uma simulação de quanto rende R$ 100 mil na Renda Fixa hoje, que seria a opção mais conservadora para alocar este montante.

Mas, antes de tudo, vamos te ensinar qual deve ser o raciocínio por trás de toda decisão de investimento. Vamos lá!

Onde investir R$ 100 mil: o caminho até a decisão do investimento

Antes de qualquer tomada de decisão quanto ao ativo a ser comprado no mercado financeiro, três perguntas devem ser feitas pelo investidor:

  • “Eu já tenho reserva de emergência?” Você pode até achar que esse “colchão de segurança” é balela de “influenciador de Instagram” ou gente conservadora demais, mas não é não. A reserva de emergência é a garantia de que, diante de qualquer situação inesperada, você não vai precisar se desfazer do patrimônio que vem construindo com muito esforço ao longo do tempo. Mais adiante no texto, vamos falar mais sobre ela.
  • “O que eu quero alcançar com o investimento? Quero acumular para a aposentadoria? Quero viajar no próximo semestre? Quero dar entrada em uma casa própria daqui a três anos?”. Só tendo clareza do objetivo que se almeja com o investimento e do tempo disponível para deixar o dinheiro rendendo é que a escolha do melhor ativo é possível.
  • “Qual o meu perfil de investidor? O quanto de risco eu estou disposto a correr em nome da rentabilidade?”. Esta pergunta deve ser respondida para nivelar o quanto de Renda Fixa e Renda Variável pode compor sua carteira – afinal, de nada adianta fazer um plano ousado demais se o seu emocional não vai dar conta dele! Não há perfil certo ou errado, o que importa é manter o respeito a ele na hora de definir a carteira. Acredite: isso vai poupar muitos dissabores pelo caminho!

Onde investir R$ 100 mil: você já tem reserva de emergência?

O primeiro passo para quem passou de gastador para poupador é estabelecer uma reserva de emergência. Antes de decidir onde investir os R$ 100 mil, é fundamental formar ou avaliar se a reserva está de acordo com as necessidades individuais.

A reserva de emergência refere-se a um montante em dinheiro destinado a investimentos de baixo risco e alta liquidez, permitindo resgates imediatos. Ou seja, esta reserva atua como um fundo de emergência, proporcionando segurança financeira em momentos críticos, como demissões, problemas de saúde ou falecimento de arrimos de família, como evidenciado durante a pandemia.

O valor necessário para a reserva de emergência deve ser equivalente a pelo menos quatro meses das despesas essenciais do investidor. Para profissionais autônomos, a recomendação é estender esse período para seis meses a um ano.

Os melhores investimentos para a reserva de emergência

  • Tesouro Selic: Título público federal de Renda Fixa, associado à taxa Selic. Possui liquidez diária, permitindo resgates imediatos. Apesar de custos como a taxa de custódia da bolsa de valores e o IOF em resgates antes de trinta dias, o Tesouro Selic é uma opção confiável e oferece bons retornos.
  • CDB com liquidez diária: Certificado de Depósito Bancário com resgate diário, preservando a rentabilidade. Existem modalidades pré-fixadas, pós-fixadas e híbridas, cada uma com características específicas. O CDB é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), oferecendo ressarcimento de até R$ 250 mil por aplicação e CPF em caso de falência do banco ou corretora.
  • Fundos DI ou Fundo Referenciado DI: Compostos por títulos públicos e privados, vinculados à Selic e ao CDI. Geralmente pós-fixados, esses fundos administrados por um gestor oferecem liquidez diária. Mas, apesar da taxa de administração e do Imposto de Renda, são uma opção eficaz para a reserva de emergência.

Fuja da poupança!

É importante ressaltar que a poupança deve ser evitada como opção de investimento, pois, apesar do cenário de juros elevados, ela não acompanha a inflação e geralmente apresenta rendimento inferior a alternativas igualmente seguras e líquidas. Alternativas como ativos indexados ao IPCA, CDBs e Tesouro Selic oferecem melhores opções para a composição da reserva de emergência.

foto de pessoa contando moedas: onde investir R$ 100 mil

Onde investir R$ 100 mil: descobrindo o seu perfil de investidor

Determinar o destino ideal para R$ 100 mil varia conforme o perfil e objetivos de cada investidor. As características que diferenciam os investidores estão associadas ao grau de tolerância ao risco, fundamental na alocação dos investimentos.

Os perfis impactam a escolha das alocações, mesmo que não sejam prescritas, para cada um. A compra e venda de ações e os mercados futuros e de opções são exemplos de investimentos com diferentes níveis de risco e rentabilidade.

Liquidez, rentabilidade e risco formam um tripé essencial na tomada de decisões de investimento. A liquidez, relacionada à velocidade de resgate, varia de investimentos com liquidez diária a prazos mais longos conforme o risco. A rentabilidade reflete o sucesso do investimento, sendo atrelada a indicadores ou variável. O risco, inerente a qualquer aplicação, exige análise detalhada dos fatores envolvidos.

Estes conceitos muitas vezes são inversamente proporcionais, e é necessário equilibrá-los. Considerando esses elementos, é possível categorizar os investidores em conservadores, moderados ou agressivos, influenciando a parcela de Renda Fixa e renda variável em suas carteiras.

Perfis de investidor: conservador

  • Prefere evitar riscos;
  • Tem planos definidos para o uso dos recursos;
  • Busca remuneração segura, alocando predominantemente em Renda Fixa.

Moderado

  • Meio-termo entre conservador e agressivo;
  • Tolerante aos riscos, busca carteira equilibrada entre Renda Fixa e Variável;
  • Divide aplicações entre liquidez e possibilidade de rentabilidade mais elevada.

Agressivo/Arrojado

  • Busca retornos mais elevados e aceita riscos;
  • Experiente, compreende o mercado e os diversos produtos de investimento;
  • Investe mais em Renda Variável para obter lucros acima da média.

Entender esses perfis ajuda a definir a alocação de ativos, considerando a busca pelo equilíbrio entre risco e retorno. Cada investidor, independentemente do nível de experiência, pode alinhar suas escolhas às suas metas e tolerância ao risco.

Onde investir R$ 100 mil: como montar uma carteira de investimento?

Após identificar o perfil corretamente, chegou o momento de definir o quanto investir em cada modalidade de investimento.

Neste momento, a participação de um assessor de investimentos pode ser importante para auxiliar na tomada de decisões mais assertivas e convergentes com os objetivos do investidor.

Apenas como referência, apresentamos algumas opções de alocações de R$ 100 mil para cada perfil de investidor.

Alocação do conservador

  • 50% em Renda Fixa pós-fixada
  • 25% em títulos de Renda Fixa atrelados à inflação
  • 25% em Renda Fixa prefixada

Moderado

  • 20% em prefixados
  • 20% em pós-fixados
  • 20% em títulos atrelados à inflação
  • 15% em Multimercados
  • 15% em Renda Variável (Ações, FIIs e Fundos)
  • 10% em investimentos internacionais

Agressivo/arrojado

  • 15% em prefixados
  • 15% em pós-fixados
  • 20% em títulos atrelados à inflação
  • 10% em Multimercados
  • 25% em Renda Variável (Ações, FIIs e Fundos)
  • 15% em investimentos internacionais

Os melhores investimentos no cenário atual

O cenário macroeconômico atual é de juros ainda altos (Selic em 11,25%), mas em ciclo de queda. A expectativa é que a taxa básica de juros (que serve de parâmetro para a remuneração da Renda Fixa) chegue a 9% até o final do ano.

Com isso, temos as seguintes recomendações:

  • No cenário atual, os títulos pós-fixados, que são aqueles com remuneração atrelada à Selic e ao CDI, vão passar a render menos com a queda dos juros.
  • O ideal é reduzir posição nesses títulos, mas não zerar. Os pós-fixados continuam importantes, porque exercem a função de defesa da carteira. Eles são os “zagueiros do time”, porque dão proteção e retiram a volatilidade.
  • Para os conservadores: os títulos prefixados vão garantir uma taxa de retorno maior, com os juros em cenário de queda.
  • Outra opção para os conservadores são os títulos IPCA+, atrelados ao índice oficial de inflação. Isso porque não é improvável que a inflação, que hoje está recuando, volte a subir daqui a 1 ou 2 anos.
  • Para os investidores moderados e sofisticados, a classe dos Fundos Multimercados ganha relevância. O Multimercado é um “meio do caminho” entre renda fixa e renda variável e compreende os fundos que compram tanto ativos de renda fixa quanto renda variável. Um fundo multimercado opera vários mercados: juros, moeda, ações, exterior etc. Além disso, opera diversas estratégias, seja na alta, na baixa e em pares.
  • Os Fundos Imobiliários (FIIs) ganham relevância, com investidores saindo da Renda Fixa e indo para a Renda Variável.
  • O mercado de ações também deve ganhar impulso, tanto Ibovespa (índice das ações mais relevantes da bolsa), quanto Small Caps (empresas de baixa capitalização e grande potencial de crescimento) e Dividendos (ações que são boas pagadoras de proventos).

Quanto rende R$ 100 mil investidos?

A fim de ilustrar quanto renderia R$ 100 mil investidos, fizemos uma simulação. Para tanto, foram considerados apenas ativos de Renda Fixa, o que seria a opção mais conservadora.

Para tanto, simulamos um investimento ao longo de três anos (resgate em 2027), em poupança, Tesouro Direto prefixado,  Letras de Crédito Imobiliário ou Agrícola LCI/LCA (74% do CDI), Fundo DI e Certificado de Depósito Bancário, CDB (82% do CDI ao ano). Acompanhe o resultado:

tabela com simulação de R$ 100 mil investidos na Renda Fixa

O montante de R$ 100 mil investidos ao longo de 3 anos em títulos do Tesouro teria como resultado um valor bruto de R$ 131.362,89. Dados os descontos de imposto de renda e taxas da bolsa de valores, o valor líquido resgatado seria de R$ 125.920,36.

Vale ressaltar que a poupança, como esperado, estaria entre os menos rentáveis, com valor líquido resgatado de R$ 118.609,62.

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