Se você acompanha o mercado, já sabe: o Copom subiu a taxa Selic de 13,25% para 14,25%. Sim, essa já é uma notícia velha. Mas o que talvez mereça mais atenção não é o quanto subiu, e sim como o Copom está enxergando o cenário daqui para frente.
Desaceleração à vista? O Comitê deu sinais de que o ritmo de alta pode estar perdendo força, reconhecendo os efeitos defasados da política monetária. Traduzindo: os juros elevados já começaram a afetar crédito e atividade econômica, e isso, com o tempo, deve se refletir na inflação.
Mas calma! O ciclo ainda não acabou. A inflação segue acima da meta e o Copom não vai largar o osso tão cedo.
Qual é o papel do Copom, afinal?
O Copom (Comitê de Política Monetária) é um braço do Banco Central, e seu mandato principal é simples e direto: controlar a inflação e manter o poder de compra da moeda.
E a principal ferramenta para fazer isso? Os juros.
Ao subir a taxa Selic, o Copom desestimula o consumo e o crédito, o que ajuda a frear a inflação. Quando a inflação está sob controle, ele pode voltar a cortar os juros para estimular a economia. É o que chamamos de ciclos econômicos.
Onde estamos no ciclo?
Atualmente, estamos no topo (ou muito próximos dele) do ciclo de alta de juros.
- A inflação ainda está acima da meta,
- A economia e o crédito já mostram sinais de desaceleração,
- O Copom começa a sinalizar uma moderação nas próximas decisões. Ou seja: a fase de aperto já surtiu efeito, mas o BC ainda não declarou fim do ciclo.
Ciclos econômicos = oportunidades de investimento
A cada fase do ciclo de juros, diferentes classes de ativos se destacam. Olha só esse resumo:

Moral da história
Mais do que a notícia da subida da Selic, vale entender o movimento por trás da decisão. Os ciclos não são só sobre política monetária — são também sobre como e onde investir melhor em cada fase.
Esse é o momento de olhar para ativos que travam juros altos por longos prazos, como Tesouro IPCA+ e prefixados de vencimentos longos, além de avaliar boas oportunidades em debêntures incentivadas, CRIs, CRAs, LCIs, LCAs, FIDCs e fundos multimercados com gestão ativa, por exemplo. Se a queda de juros vier — e mais cedo ou mais tarde ela virá — esses ativos tendem a valorizar.
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Por Thiago Freire, analista da EQI
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