Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Trump ameaça encerrar negócios de soja com a China

Trump ameaça encerrar negócios de soja com a China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na terça-feira (14) que está considerando encerrar alguns laços comerciais com a China, incluindo os relacionados à soja. A declaração, feita em publicação no Truth Social, marca mais um capítulo na crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.

“Acredito que o fato de a China propositalmente não comprar nossa soja e causar dificuldades para nossos produtores de soja é um ato economicamente hostil. Estamos considerando encerrar os negócios com a China relacionados ao óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como retribuição”, escreveu Trump.

O republicano também afirmou que os Estados Unidos têm capacidade para substituir as importações chinesas na área.

“Podemos facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos, não precisamos comprá-lo da China”, acrescentou.

Trump e soja: retaliação à suspensão de compra da China

As declarações de Trump são uma resposta direta à decisão de Pequim de suspender, em maio, as importações de soja americana. A medida chinesa foi tomada após tarifas impostas pelo governo norte-americano sobre produtos chineses, ampliando a guerra comercial entre os dois países.

Publicidade
Publicidade

Desde a suspensão, os preços da soja nos Estados Unidos caíram cerca de 40%, afetando especialmente os produtores rurais do Meio-Oeste — uma base de apoio político fundamental para Trump.

A China é tradicionalmente o maior comprador da soja americana: em 2024, o país importou cerca de 27 milhões de toneladas, avaliadas em aproximadamente US$ 12,8 bilhões.

Com as restrições, Pequim passou a buscar fornecedores alternativos na América do Sul, principalmente Brasil e Argentina, que vêm registrando aumento expressivo nas exportações do grão.

Escalada das tensões

A ameaça de Trump ocorre em meio à escalada das tensões entre Washington e Pequim. Na semana passada, o presidente norte-americano anunciou tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses, com início previsto para 1º de novembro.

A decisão foi uma resposta à política chinesa de restringir a exportação de elementos de terras raras — matérias-primas essenciais para a indústria tecnológica —, que Trump classificou como “muito hostil”.

Em reação, o Ministério do Comércio da China acusou o governo americano de agir de forma “unilateral e hipócrita”. Em nota oficial, o órgão afirmou que “ameaçar impor tarifas altas a qualquer momento não é a forma correta de lidar com a China” e alertou que Pequim “tomará medidas correspondentes para defender seus direitos e interesses legítimos”.

Leia também: