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Trump busca conciliação com a China: “queremos ajudar, não prejudicar”

Trump busca conciliação com a China: “queremos ajudar, não prejudicar”

Trump e China vivem um cabo de guerra que abala as bolsas e lança incertezas sobre o futuro da economia mundial. No cerne da disputa, uma escalada tarifária desencadeada pelo controle de minerais essenciais. No entanto, em meio à fúria protecionista, o presidente americano, Donald Trump, introduziu um toque surpreendente de conciliação neste domingo (12), buscando um caminho de entendimento com Pequim.

“Não se preocupe com a China, tudo ficará bem! O respeitado presidente Xi (Jinping) acabou de passar por um momento. Ele não quer uma depressão para seu país, e eu também não”, declarou o líder americano em sua plataforma Truth Social. A mensagem, que humaniza o embate ao reconhecer o “momento difícil” de Xi Jinping, surge apenas dois dias após Washington impor tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses – uma medida que promete dor para ambos os lados.

Trump fez questão de sublinhar a intenção americana, afirmando: “Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la.”

Trump e China: minerais críticos e a “emergência nacional”

A retórica mais suave, contudo, contrasta com a profunda preocupação de seu governo. O vice-presidente dos Estados Unidos, James David Vance, classificou à Fox News o controle da China sobre minerais críticos como uma “emergência nacional”. Ele garantiu que, embora o presidente valorize a relação, o governo está “chocado” com a recente decisão chinesa de restringir a exportação de elementos essenciais para a indústria tecnológica e militar global.

Essa restrição chinesa, que exige autorização oficial para exportar esses insumos estratégicos, foi o estopim para a imposição das novas tarifas por parte de Washington. A escalada acendeu o sinal de alerta sobre uma repetição da batalha tarifária retaliatória que, meses atrás, viu os impostos sobre as importações americanas e chinesas dispararem.

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Pequim reage

Do outro lado, Pequim não mostra sinais de recuo. Prometendo contramedidas, um porta-voz do Ministério do Comércio advertiu neste domingo que “recorrer a ameaças de tarifas altas não é a maneira correta de se envolver com a China”.

A postura chinesa é firme: “Se os EUA persistirem em agir unilateralmente, a China tomará resolutamente as medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos”, acrescentou o porta-voz. O tom é desafiador: “Nossa posição sobre uma guerra tarifária permanece consistente – não queremos uma, mas não temos medo de uma”.

A tensão crescente derrubou as ações globais e gerou nova incerteza sobre as negociações em curso. Um encontro aguardado entre Trump e Xi Jinping, que deveria ocorrer na Coreia do Sul dentro de duas semanas, já está sob dúvida.

Enquanto a China, por meio de seu Ministério do Comércio, descreve as novas regras sobre terras raras como uma “ação legítima” e culpa Washington pela escalada ao citar medidas restritivas anteriores, o mundo observa, apreensivo, a dança delicada entre os líderes das duas maiores potências, na esperança de que a conciliação prevaleça sobre a ameaça de um conflito econômico.