O Pix internacional acaba de dar um novo passo na sua expansão global: agora, turistas brasileiros podem usar o sistema de pagamento instantâneo em lojas populares de Paris. A novidade permite pagamentos em reais com conversão automática para euros, tornando as compras no exterior mais simples, rápidas e acessíveis. A funcionalidade é viabilizada por fintechs como a PagBrasil, que operam através da tecnologia VoucherPay.
A novidade chega para atender um público fiel. Com mais de 850 mil brasileiros visitando a França todos os anos, muitos com Paris como destino principal, a aceitação do Pix internacional é um movimento estratégico do varejo francês. Além de evitar a necessidade de câmbio prévio, a solução também reduz o impacto da flutuação cambial, permitindo que o consumidor faça compras com previsibilidade e controle de gastos.
Vantagens para o turista brasileiro
Além da praticidade, o Pix internacional em Paris oferece outros benefícios relevantes. A taxa média de operação gira em torno de 3%, e em muitas lojas é possível parcelar as compras em até 10 vezes, algo raro fora do Brasil. Estabelecimentos populares entre brasileiros, como a farmácia CityPharma e as perfumarias Fragrance de l’Opéra e Grey, já estão equipados para receber pagamentos por QR Code.
O processo é simples: o cliente escaneia um código QR com o aplicativo bancário, faz o pagamento em reais, e o lojista recebe o valor convertido em euros instantaneamente. A segurança da transação também é um atrativo, especialmente para quem busca evitar o uso de cartões no exterior.
Onde mais o Pix é aceito?
A internacionalização do Pix está se consolidando em outras cidades com alta presença de brasileiros. Em Lisboa, por exemplo, o sistema já está em uso graças à atuação da fintech Braza Bank. Cidades como Miami, Ciudad del Este e destinos na Argentina também começaram a adotar soluções similares, que permitem pagamentos em reais com conversão local.
Na Argentina, a implementação está sendo feita com dispositivos Clover e nos aplicativos de pagamento ligados à Fiserv. A experiência se assemelha à do Brasil, com leitura de QR Code e cobrança em reais, já com IOF embutido e sem taxas extras de cartão de crédito.
Pix no mundo e o futuro da integração
Mesmo sem regulamentação formal internacional, o Pix internacional continua ganhando espaço através de parcerias privadas com fintechs. O modelo atual independe de acordos entre governos e tem se mostrado eficaz para atender a demanda de brasileiros no exterior.
Enquanto o Banco de Compensações Internacionais trabalha no projeto Nexus, que visa integrar sistemas de pagamento instantâneo de diferentes países, o Pix segue como uma solução 100% brasileira com vocação global. Sistemas semelhantes já funcionam em países como Reino Unido, União Europeia, EUA, Índia e Austrália.
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