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Pix e a pirataria do Brasil ameaçam os Estados Unidos

Pix e a pirataria do Brasil ameaçam os Estados Unidos

O governo dos Estados Unidos abriu uma investigação comercial contra o Brasil sob alegações de práticas desleais que afetam diretamente empresas e trabalhadores americanos. Entre os pontos destacados estão o uso do Pix e a pirataria — elementos apontados como ameaças à competitividade e à propriedade intelectual dos EUA. A medida, iniciada pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), atende a um pedido direto do presidente Donald Trump.

Pressão política e tarifas como resposta

O caso ganhou força após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, especialmente no setor do etanol. Junto com a medida, o republicano pediu a abertura de uma investigação com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 — dispositivo jurídico que permite aos EUA reagirem a práticas comerciais consideradas abusivas por outros países.

No documento oficial, o USTR acusa o Brasil de prejudicar empresas americanas ao permitir a disseminação de produtos pirateados, sobretudo em centros como a Rua 25 de Março, em São Paulo, e por adotar sistemas financeiros como o Pix, que, segundo o governo dos EUA, estariam dificultando o controle de pagamentos digitais e prejudicando a atuação de empresas americanas no setor.

Pix sob suspeita

Embora o Pix tenha revolucionado o sistema de pagamentos no Brasil, os EUA enxergam riscos na sua expansão. O relatório sugere que o Brasil estaria criando barreiras para empresas americanas operarem com liberdade no mercado digital nacional, ao mesmo tempo em que se beneficia de sistemas próprios como o Pix — que não exigem intermediários internacionais, reduzindo a presença de gigantes de tecnologia dos EUA.

Pirataria como alvo central

A pirataria foi outro ponto forte no documento. O USTR afirma que o Brasil falha em proteger os direitos de propriedade intelectual. Regiões como a 25 de Março, Santa Ifigênia e Brás foram citadas como centros ativos de falsificação e distribuição de produtos ilegais. Mesmo com operações policiais periódicas, os americanos alegam que há tolerância institucional que perpetua a prática.

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Mais que comércio: disputa estratégica

Além de Pix e pirataria, o relatório ainda menciona tarifas desiguais, desmatamento ilegal, corrupção e quebra de acordos sobre o etanol como justificativas para investigar e eventualmente sancionar o Brasil. No entanto, o próprio documento carece de provas concretas para muitas das alegações.

A reação dos EUA evidencia mais do que preocupações comerciais: revela uma estratégia de pressão que mistura política, economia e geopolítica. O Brasil, com seu sistema financeiro independente e mercados paralelos em expansão, surge como um novo desafio à hegemonia americana.

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