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Prévia do PIB: IBC-Br cai 0,20% em setembro

Prévia do PIB: IBC-Br cai 0,20% em setembro

Indicador do Banco Central confirma desaceleração da economia, mostra que o IBC-Br cai em setembro e reforça impacto dos juros altos no terceiro trimestre

O IBC-Br cai em setembro e registra queda de 0,20% na comparação com agosto, segundo dados divulgados pelo Banco Central. A prévia do PIB ficou abaixo da leitura anterior, que havia mostrado alta de 0,40%, e também ficou pior do que as projeções de mercado de -0,10%.

O movimento confirma o arrefecimento da economia ao longo do terceiro trimestre e reforça a percepção de que o país opera sob um ambiente de desaceleração mais forte do que o esperado.

Queda em setembro acende alerta no mercado

O resultado mensal do IBC-Br cai em setembro e contraria a estimativa de analistas consultados pela Reuters, que apostavam em recuo de 0,10%. A leitura negativa puxa a curva de desempenho acumulada no trimestre e consolida uma redução de 0,9% na atividade entre julho e setembro. Esse comportamento mostra que a economia perdeu força e que a expansão registrada no primeiro semestre não se sustentou com a mesma intensidade.

Mesmo com a retração, a comparação anual ainda mostra algum fôlego. Em relação a setembro do ano anterior, o indicador avança 2%. No acumulado de 12 meses, a alta chega a 3%. Esses números, porém, não anulam a preocupação com o ritmo mais fraco recente, já que a economia enfrenta obstáculos relevantes para retomar velocidade.

Juros altos pesam no desempenho econômico

A queda do IBC-Br em setembro ocorre em um cenário de juros elevados. Com a Selic mantida em 15% ao ano, o custo do crédito segue alto para empresas e famílias. Isso reduz o consumo, freia investimentos e enfraquece a produção. Esse ambiente mais restritivo é parte da estratégia do Banco Central para controlar a inflação, mas acaba afetando diretamente a prévia do PIB.

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A pressão dos juros também evidencia a dificuldade de setores sensíveis ao crédito, como comércio, serviços e indústria. Em muitos casos, projetos são adiados, estoques são ajustados e o consumo desacelera. A leitura de setembro, portanto, reflete não apenas um movimento pontual, mas um quadro mais amplo de enfraquecimento da demanda interna.

O que esperar daqui para frente?

O IBC-Br funciona como um sinalizador preliminar do PIB e costuma antecipar tendências, embora nem sempre reproduza fielmente os resultados oficiais do IBGE. A diferença entre os indicadores é comum, mas ambos apontam para uma economia que perdeu tração no terceiro trimestre.

Para os próximos meses, a trajetória dependerá do ritmo da política monetária, da evolução da inflação e da capacidade de recuperação da confiança de consumidores e empresas. Enquanto os juros seguirem altos, a perspectiva é de avanços moderados e crescimento limitado.