O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta terça-feira (3) que o governo está discutindo mudanças no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, o Ministério da Fazenda busca ajustar a proposta apresentada após críticas do setor bancário e da sociedade.
“Eu acho que o Ministério da Fazenda está tentando fazer um reparo. Foi uma tentativa de responder rapidamente a um problema criado pelo não cumprimento de uma decisão da Suprema Corte pelos senadores. O Haddad elaborou a proposta na Fazenda para dar uma resposta logo à sociedade. Agora, com a reação que houve, estamos discutindo outras possibilidades”, disse Lula.
Almoço decisivo com todos os envolvidos
Lula anunciou que, nesta tarde, às 13h, receberá em sua residência todos os envolvidos na negociação para definir se haverá mudanças na proposta. “Vai ter um almoço na minha casa com todos os envolvidos para a gente saber se o acordo está feito ou não e anunciar a compensação para colocar nossas contas em ordem”, afirmou.
O presidente destacou a importância do diálogo: “Antes de qualquer medida, temos que reunir as pessoas que são parceiras nisso”.
“Economia não tem mágica”, diz Lula
“A Fazenda trabalhou, e era uma sexta-feira quando fizeram o anúncio; eu já não estava mais aqui. Aconteceu porque queriam anunciar rápido isso. Eu acho que foi um momento político. Em nenhum momento o Haddad teve problema em discutir o assunto. Se aparece alguém com ideia melhor e ele topa discutir, a gente tem que discutir”, declarou.
O presidente reforçou a necessidade de diálogo entre governo e Congresso: “Ninguém pode ser líder do governo e o governo mandar algo para lá e não conversar com eles. Muitas vezes, gente nossa tem proposta de mudança. Economia não tem mágica, a gente não inventa coisas”.
Governo busca saída negociada
Após críticas de que o aumento do IOF pode comprometer o crédito e encarecer serviços financeiros, o governo sinalizou disposição para revisar pontos da medida. A Fazenda confirmou que o diálogo com o setor bancário e o Congresso continuará e que há espaço para ajustes pontuais.
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