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Diretora do FMI diz que Israel e Hamas é “mais uma nuvem” em cenário econômico já conturbado

Diretora do FMI diz que Israel e Hamas é “mais uma nuvem” em cenário econômico já conturbado

A diretora do Fundo Monetário Internacional Kristalina Georgieva encara o conflito entre Israel e Hamas como “mais uma nuvem” em um cenário econômico já sombrio, disse nesta quarta-feira (25).

O que vemos é mais nervosismo em um mundo que já está ansioso”, disse Georgieva, em um painel da CNBC em Riad.

Segundo a diretora, as consequências econômicas da guerra entre Israel e Hamas, agora em sua terceira semana, seriam “terríveis” para as partes envolvidas, assim como teriam repercussões significativas para o Oriente Médio. Os impactos negativos incluem o comércio e o turismo da região. 

Países incluindo Egito, Líbano e Jordânia, segundo Georgieva, já sentem os impactos. “A incerteza é um assassino do fluxo de turistas. Os investidores não irão a esses lugares”, disse.

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Apesar de não ter mencionado as implicações do conflito para a economia global em geral, observou que as perspectivas já estavam estagnadas. 

Segundo Georgieva, a prioridade do FMI é cuidar da “a trágica perda de vidas” causada pela ofensiva entre o país e o grupo terrorista. A líder apelou a uma resolução o mais rápido possível.

Israel e Hamas: impacto econômico, por ora, depende de escalada do conflito

No dia 7 de outubro, o grupo extremista Hamas iniciou um ataque surpresa a Israel, que pegou desprevenidos o sistema militar e de segurança do país. Milhares de civis morreram ou ficaram feridos no conflito.

Segundo o analista político Oliver Stuenkel, a guerra entre Israel e Hamas é “mais um episódio de um conflito que ocorre há muitos anos”, disse na live semanal da EQI Research.

Já havia uma contestação de quem deve controlar as terras onde Israel se encontra. Por isso, há tantos embates envolvendo Israel e Palestina, e até outros países da região, como Egito, Líbano e Síria”, explica o especialista.

Nesse sentido, o ataque não seria uma grande surpresa, mas um sinal de que todas as tentativas de negociação de um acordo de paz duradouro fracassaram até agora. “Há muitas lutas e mágoas históricas que dificultam essa aproximação ou negociações que possam levar a um acordo”, pontua Stuenkel.

Há, no entanto, uma perspectiva geopolítica mais ampla para este conflito: os EUA tentam reduzir sua presença no Oriente Médio há anos. A reação do país ao ataque de 11 de setembro, em Nova York, levou à chamada Guerra ao Terror, que envolveu uma série de conflitos de segunda ordem – sem impacto sistêmico. 

Por enquanto, a extensão do conflito não possui o potencial para abalar os mercados internacionais, segundo Stuenkel. “É importante pensar em quais momentos isso muda.”