Luis Moran, head da EQI Research, e Oliver Stuenkel, analista político e professor, participam nesta terça-feira (10) da live “Conflito Israel-Hamas: Entenda os impactos nas economias globais”.
A live será mediada pela jornalista do portal EuQueroInvestir Beatriz Boyadjian e, nela, os especialistas vão explicar como a nova guerra pode influenciar os mercados globais e o que isso significa para os investidores.
O evento acontece às 18h15, online e gratuita – clique aqui para participar!
Israel x Hamas: Conflito histórico
No sábado (7), houve um ataque surpresa a Israel por integrantes do Hamas. O amplo ataque pegou desprevenidos o sistema militar e de segurança de Israel. Milicianos invadiram por ar, terra e mar, segundo os militares israelenses, penetrando pelo menos quatro bases militares ao longo da fronteira de Israel com Gaza. Na sequência, Israel declarou guerra ao Hamas.
Oliver Stuenkel afirma que a origem do conflito remete há mais de 75 anos, com o início da imigração judaica-palestina, que começa com o projeto de formação do estado judeu na Palestina, em uma fuga ao antissemitismo na Europa.
Passada a Segunda Guerra e derrotado o nazismo, a Organização das Nações Unidas, recém-criada, propõe uma partilha do território, com a criação de um estado judeu e outro árabe, proposta esta apoiada tanto por União Soviética quanto pelos Estados Unidos, as duas potências que emergem com o fim da guerra.
No entanto, movimentos nacionalistas palestinos rejeitam o acordo proposto pela ONU e, a partir daí, há uma escalada da violência na região, com diversos confrontos e tentativas sem sucesso de acordos de paz.
No ataque recente, chama a atenção especialmente a invasão a Israel, país considerado uma potência militar e referência em segurança territorial.
“O atual governo israelense tinha a segurança como um fator chave, sempre batendo nessa tecla e se diferenciando dos candidatos mais à esquerda por este tema em específico, principalmente, vendendo-se como o mais capacitado para manter a segurança nas fronteiras. E acontece um ataque inesperado”, diz Oliver Stuenkel sobre o conflito.
Outro ponto que ele levanta é que Israel vinha de um momento muito polarizado politicamente, mas que, temporariamente, passa por momento de unificação diante dessa situação de terror.
“É preciso se perguntar como isso aconteceu e como as forças armadas não puderam proteger as fronteiras. Existe algum risco aí, e a oposição do Hamas viu uma oportunidade”.
O analista avalia que recentes críticas ao governo israelense e protestos da população contra a reforma que tirou poderes do Judiciário do país também podem ter passado uma imagem de vulnerabilidade, o que pode ter facilitado o ataque.
Com quatro dias de conflito, os militares de Israel afirmaram nesta terça-feira (10) ter recuperado o controle da Faixa de Gaza, mas seguem com ataques aéreos. Foi ordenado o corte total de água, eletricidade e envio de alimentos à população. O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, por sua vez, disse ter cerca de 150 reféns israelenses em cativeiro.
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