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Copom sobe juros a 14,25% e deve reduzir ritmo de altas daqui para a frente

Copom sobe juros a 14,25% e deve reduzir ritmo de altas daqui para a frente

Como esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou os juros de 13,25% para 14,25% nesta quarta-feira (19). O movimento já havia sido antecipado em comunicados anteriores do comitê, que sinalizava sucessivas altas. Em dezembro, o Copom indicou “mais duas elevações de mesma magnitude”. Em fevereiro, confirmou a primeira e reforçou a ideia de “mais uma”, que agora se concretiza.

No comunicado após a decisão desta quarta, o Copom já adiantou que prevê ajuste de menor magnitude na próxima reunião. Na terça-feira (25), a ata do Copom deve trazer mais detalhes sobre a decisão.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, disse em comunicado.

A magnitude total do ciclo de aperto monetário, afirma, dependerá da convergência da inflação à meta de 3% e da evolução da dinâmica da inflação.

O Copom também voltou a citar preocupação com o fiscal: “O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes”.

“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”, complementa o comitê.

Selic a 14,25%: de volta ao nível do governo Dilma

Com os atuais 14,25%, a Selic atinge seu maior nível desde outubro de 2016, um período marcado por recessão e pelo impeachment de Dilma Rousseff.

O caminho até essa taxa foi composto por cinco altas consecutivas, revertendo um ciclo anterior de sete cortes que reduziu a Selic de 13,75% para 10,50% até maio. Antes disso, a taxa permaneceu estável em 13,75% por cerca de um ano, após uma escalada de 12 aumentos consecutivos desde o piso histórico de 2% durante a pandemia de Covid-19.

gráfico SElic
Fonte: EQI

As projeções do mercado indicam que os juros devem continuar elevados. O Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, aponta para uma Selic terminal de 15% até o fim do ano. Para os anos seguintes, a expectativa é de 12,50% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028 — ou seja, juros em dois dígitos pelos próximos três anos.

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