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Ata do Copom confirma expectativa por mais duas altas de 1 p.p.

Ata do Copom confirma expectativa por mais duas altas de 1 p.p.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou nesta terça-feira (17) a ata da 267ª Reunião do Comitê de Política Monetária, realizada nos dias 10 e 11 de dezembro, quando a taxa básica de juros, Selic, foi elevada de 11,25% para 12,25% ao ano, alta de 1 ponto porcentual.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou nesta terça-feira (17) a ata da 267ª Reunião do Comitê de Política Monetária, realizada nos dias 10 e 11 de dezembro, quando a taxa básica de juros, Selic, foi elevada de 11,25% para 12,25% ao ano, alta de 1 ponto porcentual.

Segundo a ata, o comitê decidiu realizar um ajuste de maior magnitude em comparação aos movimentos anteriores porque entendeu que a decisão era compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante – 3% ao ano, com 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo.

O Copom confirmou que, dentro do cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões, assim como dito anteriormente, no comunicado pós-decisão.

“Na discussão que embasou tal deliberação duas dimensões foram bastante discutidas. Em primeiro lugar, a magnitude da deterioração de curto e médio prazo do cenário de inflação exigia uma postura mais tempestiva para manter o firme compromisso de convergência da inflação à meta. Em segundo, vários riscos se materializaram tornando o cenário mais adverso, mas menos incerto, permitindo maior visibilidade para que o comitê oferecesse uma indicação de como antevia as próximas decisões”, afirmou.

A magnitude total do ciclo de aperto monetário dependerá da evolução da dinâmica da inflação, “em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, complementa.

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Ata do Copom: cenário

Segundo o Copom, o ambiente externo permanece desafiador, principalmente devido às maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Federal Reserve (Fed), banco central americano.

O comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes. “Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho”, disse.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo, com destaque para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, cuja composição apontou que o crescimento segue muito baseado em consumo e não em investimento e aumento de produtividade, o que mantém o risco de a inflação permanecer elevada.

“A inflação cheia e as medidas subjacentes têm se situado acima da meta para a inflação e apresentaram elevação nas divulgações mais recentes. As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se de forma relevante e encontram-se em torno de 4,8% e 4,6%, respectivamente”.

Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, o Copom destaca:

  • desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado;
  • uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e
  • uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.

Entre os riscos de baixa, ressaltam-se:

  • uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e
  • os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

Tá, e aí?Stephan Kautz

Para Stephan Kautz, a ata do Copom teve tom duro, demonstrando um cenário menos incerto, mas mais adverso. “Houve deterioração do cenário de curto prazo da inflação e o crescimento da economia acima do esperado pelo próprio Banco Central. Os riscos de piora se materializaram e, no médio prazo, o cenário está pior do que estava anteriormente”, diz.  

Além disso, ele aponta, a política fiscal pesou no câmbio recentemente, o que deve impactar os bens industrializados nas próximas leituras de inflação.

Outro ponto de dúvida que a ata esclareceu era se as duas decisões do Copom, tanto a de alta de 1 ponto porcentual quanto a de sinalizar mais duas altas de mesma magnitude nas próximas reuniões, teriam sido unânimes ou não – com questionamentos do mercado sobre a conduta do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assume em janeiro. No entanto, o comunicado deixou claro que os membros do comitê estão todos 100% de acordo nas duas decisões.

Ouça o áudio na íntegra:

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