O cessar-fogo entre Israel e Hamas começou no domingo, após um atraso de três horas. O adiamento ocorreu porque o grupo extremista Hamas não enviou a lista dos reféns a serem libertados, um dos termos do acordo.
Somente por volta das 6h15, o governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, anunciou na rede social X (antigo Twitter) que havia recebido a lista dos reféns, permitindo o início do cessar-fogo.
Cessar-fogo: o que ficou acordado?
Na sexta-feira (17), Israel aprovou o acordo com o Hamas após dois dias de impasses. O texto foi mediado por Qatar, Egito e Estados Unidos e anunciado na quarta-feira (15). Inicialmente, Israel criticou exigências de última hora feitas pelo Hamas, acusando o grupo de tentar provocar uma “crise”. Apesar disso, o acordo foi aprovado e prevê a libertação de reféns e prisioneiros em fases.
Na primeira etapa, o Hamas se comprometeu a libertar 33 reféns israelenses, priorizando mulheres, crianças e idosos. Israel, por sua vez, deve libertar prisioneiros palestinos.
Durante esse período, prevê-se: segurança no corredor da Filadélfia, localizado entre Gaza e Egito; reabertura gradual da fronteira de Rafah para a entrada de ajuda humanitária e saída de doentes em casos graves; permissão para que residentes desarmados retornem ao norte da Faixa de Gaza; e a retirada de tropas israelenses do corredor Netzarim, no centro de Gaza.
A segunda fase está prevista para começar em 3 de fevereiro, no 16º dia do acordo, com mais libertações de reféns e prisioneiros.
Israel planeja libertar até 1.904 detidos, incluindo 737 presos por diversas razões e 1.167 palestinos capturados durante a ofensiva terrestre das FDI. A libertação deve durar 42 dias, período em que os combates estarão suspensos.
Conforme documento divulgado pelo Ministério da Justiça de Israel na sexta, os prisioneiros palestinos só serão libertados após os reféns israelenses estarem fora do domínio do Hamas.
A terceira e última fase do acordo também está marcada para 3 de fevereiro, quando começam as negociações para a reconstrução da Faixa de Gaza.
Netanyahu diz que cessar-fogo é temporário
No sábado (18), em seu primeiro discurso após a aprovação do acordo, Netanyahu classificou o cessar-fogo como “temporário”.
O conflito, que começou após um ataque surpresa do Hamas ao sul de Israel, resultou em uma crise humanitária na Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas. Desde o início da guerra, mais de 48.698 pessoas morreram, incluindo 47.559 palestinos e 1.139 israelenses, segundo dados da Al Jazeera atualizados até quarta-feira (15).
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