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Bancos começam a oferecer consignado CLT

Bancos começam a oferecer consignado CLT

A partir desta sexta-feira (25), trabalhadores com carteira assinada podem solicitar empréstimos na modalidade de consignado CLT diretamente nos canais próprios dos bancos, como aplicativos, internet banking e agências físicas. Até então, essa operação só podia ser feita por meio da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).

A mudança marca uma nova etapa no acesso ao crédito, tornando o processo mais simples e integrado aos sistemas bancários tradicionais.

O que é o consignado CLT e como funciona?

O consignado CLT é um tipo de empréstimo com desconto automático das parcelas diretamente na folha de pagamento do trabalhador. Ele permite o comprometimento de até 35% do salário mensal com as prestações. Por ter menor risco de inadimplência, costuma ter juros mais baixos que outras modalidades, como o crédito pessoal comum.

O modelo também permite o uso do saldo do FGTS como garantia em caso de demissão: até 10% do valor depositado em conta e 100% da multa rescisória podem ser usados para abater a dívida.

Plataformas bancárias aderem ao novo formato

Com a nova possibilidade, instituições como Banco do Brasil ($BBAS3), Caixa Econômica ($CXSE3), Itaú ($ITUB4), Santander ($SANB11) e Nubank ($ROXO34) já permitem a contratação do consignado CLT por meio de seus próprios canais digitais. O Bradesco, por enquanto, ainda opera apenas pela CTPS Digital, mas promete liberação em breve nos seus sistemas internos.

As taxas de juros variam de acordo com o banco e o perfil do cliente. O Banco do Brasil divulgou faixas entre 1,46% e 3% ao mês. A Caixa trabalha com taxas de 1,60% a 3,18%. Já o Itaú e Nubank ainda não divulgaram os percentuais médios, mas indicam que a contratação pode oferecer condições melhores que empréstimos anteriores.

Expectativa de redução nos juros

O governo federal aposta que a entrada dos bancos na operação direta do consignado CLT aumente a concorrência e ajude a reduzir os juros para os trabalhadores. Segundo dados do Ministério da Fazenda, as taxas atuais giram em torno de 3% ao mês, cerca da metade do que é cobrado no Crédito Direto ao Consumidor (CDC), que costuma ter taxas entre 6,5% e 7%.

Volume já movimenta bilhões

Até essa quarta-feira (23), foram contratados mais de R$ 8 bilhões em empréstimos na modalidade, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Foram mais de 1,47 milhão de contratos, com valor médio de R$ 5.502,02 por trabalhador e prestação mensal média de R$ 337,14. Os estados com maior número de contratações são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

Portabilidade a caminho

Outra novidade prevista para os próximos meses é a portabilidade de crédito. A partir de junho, será possível migrar débitos de outras modalidades para o consignado CLT, potencialmente com taxas mais vantajosas.

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