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Banco da Inglaterra anuncia corte de juros, em dia de acordo comercial com EUA

Banco da Inglaterra anuncia corte de juros, em dia de acordo comercial com EUA

Depois da Super Quarta, quando Federal Reserve (Fed) manteve os juros nos EUA entre 4,25% e 4,50%, e o Copom brasileiro elevou a Selic em 50 pontos-base, nesta quinta-feira (8) foi a vez do Banco da Inglaterra (BoE) cortar as taxas de juros.

A taxa básica foi reduzida de 4,50% para 4,25%, em meio a um cenário de crescimento econômico fraco e incertezas em torno das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump.

O corte já era amplamente esperado, especialmente após a desaceleração da inflação, que caiu de 2,8% para 2,6% nos doze meses até março. Cinco dos nove membros do comitê de política monetária votaram a favor da redução, enquanto dois preferiam um corte mais profundo, de 50 pontos-base, e os outros dois optaram por manter a taxa inalterada.

Segundo o próprio BoE, a incerteza nas políticas comerciais globais aumentou desde a imposição de tarifas pelos EUA e as subsequentes retaliações. Embora os efeitos negativos sobre o crescimento e a inflação no Reino Unido sejam considerados limitados, o cenário global se tornou mais frágil.

Para muitas famílias e empresas britânicas, a queda da taxa representa uma oportunidade de redução nos custos de empréstimos. Já os poupadores, que se beneficiam de juros mais altos, poderão sentir o impacto negativo.

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Banco da Inglaterra corta juros: acordo comercial com EUA deve ser anunciado hoje

O Reino Unido está prestes a assinar um acordo comercial com os EUA, tornando-se o primeiro país a fazê-lo desde que a maior economia do mundo anunciou, em abril, duras tarifas “recíprocas” aplicáveis a todos os parceiros comerciais.

A Casa Branca realizará uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, às 11h (horário de Brasília), para o anúncio oficial.

Em publicação na Truth Social, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou:

“O acordo com o Reino Unido é completo e abrangente, e fortalecerá o relacionamento entre nossos países por muitos anos. Dado nosso histórico de parceria e lealdade, é uma grande honra ter o Reino Unido como nosso PRIMEIRO anúncio. Muitos outros acordos, que já estão em fase avançada de negociação, virão a seguir!”

Um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou à CNBC:

“Os Estados Unidos são um aliado fundamental para nossa segurança econômica e nacional. As negociações seguem em ritmo acelerado, e o primeiro-ministro fará uma atualização ainda hoje.”

Apesar de manter um déficit comercial com os EUA, o Reino Unido foi poupado das tarifas mais severas anunciadas por Trump durante o chamado “Dia da Libertação”, embora ainda tenha sido afetado pela taxa padrão de 10%.

Em 15 de abril, o vice-presidente americano JD Vance comentou que o Reino Unido tinha “boas chances” de assegurar um acordo comercial com Washington.

“Acredito que temos uma grande oportunidade de firmar um acordo benéfico para ambos os países”, disse ele.