Na noite de quinta-feira (4), Donald Trump promoveu um jantar exclusivo na Casa Branca com alguns dos principais CEOs de tecnologia do mundo. O evento reuniu líderes como Mark Zuckerberg, da Meta (META; $M1TA34), Tim Cook, da Apple (AAPL; AAPL34), Sundar Pichai, do Google (GOOG; GOGL34), e Bill Gates, fundador da Microsoft (MSFT; MSFT34). A reunião teve como pauta central a inteligência artificial e os investimentos das big techs nos Estados Unidos.
“Isso está levando nosso país a um novo patamar”, disse Trump, sentado ao centro de uma longa mesa no Salão de Jantar de Estado, ao lado de executivos que descreveu como “pessoas de alto QI”. Durante a noite, o presidente destacou a importância do setor para a economia americana e pediu números concretos sobre os aportes que cada empresa planeja realizar no país.
As respostas impressionaram. Zuckerberg e Cook mencionaram US$ 600 bilhões cada, enquanto Sundar Pichai citou US$ 250 bilhões. Satya Nadella, CEO da Microsoft, afirmou que a companhia destina até US$ 80 bilhões por ano. “Ótimo. Muito bom”, respondeu Trump, reforçando seu foco nos valores anunciados.
Ausência de Elon Musk marca encontro
Um dos pontos que mais chamaram atenção foi a ausência de Elon Musk. Antigo aliado de Trump, o dono da Tesla (TSLA; TSLA34) e do X (antigo Twitter) não compareceu ao jantar. Inicialmente, fontes da Casa Branca afirmaram que ele não estava na lista de convidados, mas o próprio Musk declarou no X: “Fui convidado, mas infelizmente não poderei comparecer. Um representante meu estará lá”.
A relação entre os dois bilionários tem sido marcada por altos e baixos. Após críticas de Musk a um pacote de corte de impostos apoiado pelo presidente, Trump chegou a dizer que o empresário “enlouqueceu”. Mesmo depois de um pedido público de desculpas, a tensão entre eles permanece. Sua ausência no jantar reforça a percepção de afastamento definitivo.
Enquanto Musk ficou de fora, a presença de Sam Altman, da OpenAI, foi vista como estratégica. Concorrente direto de Musk na corrida pela liderança em inteligência artificial, Altman tem ganhado espaço nas discussões políticas e econômicas em Washington.
Inteligência artificial no centro do debate
O jantar ocorreu horas depois de uma reunião da força-tarefa da Casa Branca sobre educação e inteligência artificial, liderada pela primeira-dama Melania Trump. “Os robôs estão aqui. Nosso futuro não é mais ficção científica”, afirmou.
Apesar das falas otimistas, o uso da tecnologia também gera críticas dentro do Partido Republicano. O senador Josh Hawley, aliado de Trump, pediu maior fiscalização sobre sistemas de IA desenvolvidos por empresas como a Meta e a OpenAI. “O governo deveria inspecionar todos esses sistemas de IA de ponta para que possamos entender melhor o que os titãs da tecnologia planejam construir e destruir”, disse.
Trump, por sua vez, tem mostrado postura ambígua em relação à IA. Embora critique vídeos falsos produzidos com a tecnologia, ele mesmo costuma compartilhar imagens geradas por inteligência artificial em suas redes sociais.
Leia também: