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Ata do Fed: tarifas de Trump podem pressionar inflação por mais tempo

Ata do Fed: tarifas de Trump podem pressionar inflação por mais tempo

A ata do FedFederal Reserve – divulgada nesta quarta-feira (9), revelou que a inflação para este ano poderá ser impulsionada pelos efeitos de tarifas mais altas, embora ainda com um alto grau de incerteza em torno da magnitude e persistência de tais efeitos.

O Fed também elevou sua projeção de inflação para este ano em relação à estimativa feita na reunião anterior, apontando que o processo inflacionário em 2025 será mais intenso do que o previsto inicialmente. A revisão foi atribuída, principalmente, à divulgação de dados acima das expectativas e aos efeitos das recentes medidas de política comercial, que têm exercido pressão adicional sobre os preços.

De acordo com a nova projeção do banco central dos Estados Unidos, a inflação só deve convergir para a meta de 2% em 2027. A avaliação atual do Fed indica que os impactos da política comercial — especialmente o aumento de tarifas e tensões nas cadeias de suprimento globais — estão elevando os custos e contribuindo para a persistência da inflação em níveis elevados.

Em sua discussão sobre a inflação, os membros do Fomc, que é o comitê de política monetária dos EUA, observaram que a inflação havia diminuído significativamente nos últimos dois anos, mas permaneceu relativamente elevada em relação à meta de longo prazo de 2%.

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Ata do Fed: tarifas do Trump trazem incerteza

Com relação às tarifas de Trump, os participantes, de modo geral, notaram o alto grau de incerteza enfrentado pela economia. Informações dos contatos comerciais e de diversas pesquisas indicaram deterioração no sentimento das famílias e das empresas em meio à maior incerteza sobre as políticas governamentais.

“Entre as principais subcategorias de preços, a inflação dos serviços de habitação continuou a ficar mais moderada, consistente com a desaceleração anterior dos aluguéis de mercado, mas a inflação nos principais serviços não relacionados à habitação permaneceu alta, especialmente nos serviços não mercantis”, diz trecho da ata.

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Vários participantes comentaram que essa elevada incerteza tinha o potencial de prejudicar os gastos do consumidor, bem como as contratações e os investimentos das empresas, ou que a inflação provavelmente seria impulsionada pelo aumento de tarifas.

“Como resultado, os participantes, de modo geral, viam riscos crescentes de queda para o emprego e o crescimento econômico e riscos de alta para a inflação, ao mesmo tempo em que indicavam que alta incerteza cercava suas perspectivas econômicas”, diz outro trecho do relatório.

Como foi a última decisão do Fed

Na última reuniao, o Fomc decidiu manter a taxa de juros dos EUA na faixa entre 4,25% e 4,50%, em linha com o esperado pelo mercado. A decisão foi de forma unânime.

“Ao considerar a extensão e o momento de ajustes adicionais à meta de intervalo para a taxa de fundos federais, o Comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a perspectiva em evolução e o equilíbrio de riscos”, diz trecho do comunicado do Fed.

De acordo com o colegiado, continuarão as reduções das participações em títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas de agências e dívidas de agências. A partir de abril, o comitê deverá diminuirá o ritmo de declínio de suas participações em títulos reduzindo o limite de resgate mensal em títulos do Tesouro de US$ 25 bilhões para US$ 5 bilhões.

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