A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), mostra que a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a empatar, dentro da margem de erro, com a desaprovação. Segundo o levantamento, 49% dos brasileiros desaprovam a gestão petista, enquanto 48% aprovam.

Esta é a primeira vez desde janeiro que há empate entre os dois indicadores. No início do ano, 49% desaprovavam Lula e 47% aprovavam. A diferença atual de um ponto percentual é a menor desde dezembro de 2023, quando a aprovação superava a desaprovação por 52% a 47%.

Entre fevereiro e setembro, os índices mostravam maior desaprovação. O pico de diferença foi registrado em maio, quando 57% desaprovavam o governo e 40% aprovavam — um distanciamento de 17 pontos percentuais.

Avaliação geral

Em relação à rodada anterior, realizada em setembro, a aprovação ao governo subiu de 46% para 48%, enquanto a desaprovação caiu de 51% para 49%. O percentual dos que não souberam ou não responderam permaneceu em 3%.

Na avaliação geral da gestão:

• 33% classificam o governo como positivo (eram 31% em setembro);
• 37%, como negativo (eram 38%);
• 27%, como regular (eram 28%);
• 3% não souberam ou não responderam.

Gênero

Entre as mulheres, a aprovação voltou a superar a desaprovação, com 52% contra 45%, após empate em 48% no levantamento anterior.

Entre os homens, o cenário é inverso: 53% desaprovam o governo Lula, enquanto 44% aprovam.

Faixa etária

Entre os jovens de 16 a 34 anos, a desaprovação ao governo segue maior, com 54%, ante 43% de aprovação.

Na faixa de 35 a 59 anos, houve inversão de tendência em relação a setembro: agora, 51% aprovam e 44% desaprovam o governo.

Entre os idosos, com 60 anos ou mais, a aprovação é de 55%, enquanto 42% desaprovam, mantendo vantagem para o governo nesse grupo.

Escolaridade

Entre os eleitores com até o ensino fundamental, a aprovação ao governo Lula é de 56%, enquanto 37% desaprovam, ampliando a vantagem da avaliação positiva nesse grupo.

Entre os que possuem ensino médio completo, a desaprovação segue mais alta, com 57%, ante 41% de aprovação.

Já entre os eleitores com ensino superior completo, a avaliação negativa também predomina, com 53% de desaprovação e 41% de aprovação.

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Renda familiar

Entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos, a aprovação ao governo Lula é de 55%, enquanto 40% desaprovam, mantendo a vantagem da avaliação positiva nesse grupo.

Na faixa de mais de dois a cinco salários mínimos, a desaprovação é maior, com 52%, ante 44% de aprovação.

Entre os mais ricos (renda acima de cinco salários mínimos), os índices seguem equilibrados, com 52% de desaprovação e 45% de aprovação.

Religião

Entre os católicos, a aprovação voltou a ser maioria, com 54%, ante 44% de desaprovação.

Entre os evangélicos, a rejeição permanece elevada, com 63%, enquanto 34% aprovam a gestão.

Beneficiários do Bolsa Família

A aprovação entre beneficiários do Bolsa Família atingiu 67%, ante 64% em setembro, enquanto a desaprovação ficou em 31%, o melhor resultado do ano para esse público.

Entre não beneficiários, 53% desaprovam (eram 55%) e 44% aprovam (eram 42%).

Avaliação por região

De acordo com o recorte regional da Genial/Quaest, a aprovação ao governo Lula teve oscilações dentro da margem de erro, sem mudanças significativas de cenário:

• Sudeste: 55% desaprovam e 41% aprovam o governo.
• Sul: desaprovação de 60% e aprovação de 39%.
• Centro-Oeste/Norte: 55% desaprovam e 45% aprovam.
• Nordeste: Lula mantém vantagem, com 60% de aprovação contra 37% de desaprovação.

Outros temas abordados

A pesquisa também mediu percepções sobre temas políticos e econômicos:

• 49% consideram que Lula saiu mais forte após o encontro com Donald Trump na ONU;
• 27% acham que saiu mais fraco;
• 79% apoiam a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil;
• Diminuiu o percentual dos que avaliam que a economia piorou no último ano.

Metodologia

A pesquisa Genial/Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre 2 e 5 de outubro de 2025. Foram ouvidas 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em todo o país. 

A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.