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Com anistia de Milei, argentinos declaram milhões de dólares

Com anistia de Milei, argentinos declaram milhões de dólares

Os argentinos passaram a depositar suas economias em dólar nos bancos, como forma de um voto de confiança no programa de anistia fiscal do presidente Javier Milei. Os depósitos aumentaram 40% desde sua posse, em 10 de dezembro, para US$ 19,8 bilhões. Este é o nível mais alto desde o final de 2019, segundo o banco central local.

Dos US$ 5,7 bilhões depositados desde que Milei assumiu o cargo, cerca de US$ 1,4 bilhão entraram em circulação depois do início do programa de anistia fiscal do governo, em 17 de julho.

Os depósitos privados em dólares nos bancos argentinos estão aumentando conforme o fim primeira fase do plano, em 30 de setembro, se aproxima.

O total de depósitos em julho e agosto ultrapassou a média líquida mensal, de US$ 532 milhões nos primeiros sete meses do governo de Milei. Os bancos já abriram cerca de 100 mil contas para fins de anistia fiscal. As instituições estimam um piso de pelo menos US$ 2 bilhões, segundo fontes.

Anistia fiscal de Milei: entenda o plano

A lei de anistia fiscal de Milei, aprovada pelo Congresso como um pacote mais amplo de reformas econômicas, permite que as pessoas declarem até US$ 100 mil em dinheiro, que anteriormente eram mantidos fora do sistema, sem pagar nenhum imposto.

As economias excedentes a US$ 100 mil serão tributadas em 5%, mas valores maiores poderão ser declarados sem cobrança de impostos, desde que destinados a investimentos em títulos, imóveis, entre outros.

A longa história de turbulências econômicas da Argentina, marcada pela hiperinflação, controles cambiais e bloqueio dos depósitos, levou os cidadãos a manter cerca de US$ 258 bilhões fora de seu sistema financeiro, segundo estimativas oficiais no começo de 2024. Uma parcela desconhecida não foi declarada às autoridades.

A longa trajetória de turbulências econômicas da Argentina, caracterizada por hiperinflação, controles cambiais e congelamento de depósitos, fez com que os cidadãos mantivessem aproximadamente US$ 258 bilhões fora do sistema financeiro, de acordo com estimativas oficiais no início de 2024. Uma parte desconhecida desse montante não foi declarada às autoridades.

Especialistas afirmam que a maioria dos argentinos mantém suas economias em dólares — guardadas em cofres, debaixo do colchão, ou em contas nos EUA e em outros países.

O governo, agora, acredita que ter acesso a esses dólares o ajudará a resolver seus dois maiores problemas: revigorar uma economia real abalada pela e pelas medidas de austeridade de Milei, além de aumentar as reservas baixas em moeda forte do banco central.

Estamos em um momento de mudança histórica para a Argentina e a anistia representa um papel muito importante”, disse o ministro da Economia, Luis Caputo. Segundo ele, o objetivo é “relançar” a Argentina.

Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o governo espera que cerca de US$ 40 bilhões em dinheiro, propriedades e outros ativos sejam declarados.