A Disney (DISB34) abandona metaverso e prepara a primeira onda das 7 mil demissões que estava planejando. A princípio, a gigante do entretenimento irá cortar 50 pessoas que atuam na unidade de experiências inovadoras. A ideia da empresa do Mickey Mouse é fazer um corte de custos.
Essa é um planejamento completamente oposto ao que o antigo CEO, Bob Chapek, estava preparando para o futuro da companhia. Ele chamava o metaverso de “a próxima fronteira de narrativas”, segundo o Dow Jones.
Porém, os investidores estão buscando uma geração de caixa e mais eficiência de suas subsidiárias. Por isso, negócios que ainda são considerados não consolidados – como é o caso do metaverso – tendem a ser deixados de lado para dar espaço a outras prioridades.
O executivo Bob Iger reassumiu no fim do ano passado o posto de CEO, cargo que já havia ocupado entre 2005 e 2020, Ele assume o lugar de Chapek, que deixa o comando de uma das maiores companhias de mídia do mundo depois pouco mais de dois anos e meio – ele havia assumido o posto deixado pelo próprio Iger em fevereiro de 2020.
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O que é a Disney (DISB34)?
A Walt Disney Company ou simplesmente Disney (DISB34) – empresa que leva o nome de seu fundador e da maioria dos personagens do universo – é hoje uma gigante de mídia e entretenimento que dispensa apresentações adicionais. Está sempre nas listas das marcas mais admiradas do planeta e é difícil achar quem não tenha alguma memória relacionada a ela, seja através de filmes, produtos ou turismo.
Seus produtos e suas experiências incluem uma ampla gama de público, que vão desde as crianças até as pessoas mais maduras, que cresceram tendo sempre o universo Disney como referência para a formação pessoal de cada um no que diz respeito a cultura. Possui ainda uma ampla penetração de mercado em praticamente todo o mundo.
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A Disney tem capital aberto na bolsa de Nova York (NYSE, que é a sigla para o New York Stock Exchange), mas seus papéis também podem ser negociados a partir do Brasil, via Brazilian Depositary Receipts, os chamados BDRs, que são negociados na B3 (B3SA3) sob o ticker DISB34.
Um pouco de história
A Walt Disney Studio foi fundada pelo irmãos Walt e Roy Disney, em 1923. O personagem Mickey Mouse, símbolo do grupo até hoje, foi um dos primeiros criados pelos irmãos e nasceu em 1928. Antes dele, veio o coelho Oswald, bem parecido com Mickey, por sinal. Os irmãos Disney também produziam os curtas de animação “Alice Comedies”.
O personagem do camundongo, hoje sob direitos de reprodução total da Disney, deverá cair em domínio público a partir de 2024 porque, pela lei americana, o primeiro filme, veiculado em 1928 com o título Steamboat Willie, completará 95 anos de sua finalização. Desta forma, qualquer empresa poderá utilizar a primeira versão do personagem de forma livre, sem necessidade de autorização da gigante de entretenimento. Porém, a companhia ainda tenta reverter a lei a seu favor para manter todos os direitos sobre o personagem.

Voltando às produções cinematográficas, o primeiro sucesso mesmo só viria em 1937, com o longa-metragem de animação “Branca de Neve e os sete anões”, tornando-se uma referência entre filmes em desenho animado baseados em clássicos da literatura infantil. Depois deste vieram muitos outros, como “Cinderela”, “Pinóquio”, “Alice no país das maravilhas”, além da “família pato”, formada por Pato Donald, Tio Patinhas e os sobrinhos Huginho, Zezinho e Luisinho, entre outros – sendo estes personagens criados pelo cartunista californiano Carl Barks, que trabalhou toda a sua vida nos estúdios Disney. Barks faleceu em 1990 e também deixou uma série de clássicos.
Aliás, a Disney possui laços com o Brasil. Em uma viagem ao Rio de Janeiro, nos anos 1930, Walt Disney ficou tão encantado com o país que criou o personagem Zé Carioca – um papagaio e em uma alusão à visão de Disney sobre o povo da então capital nacional à época, em um estilo “malandro” e sempre pronto para fugir dos credores. A atriz e cantora brasileira Carmem Miranda – que fez muito sucesso nos EUA – também participou de um filme ao lado do novo personagem brasileiro, intitulado “Alô, amigos!”, de 1942, onde ela contracena com os desenhos animados.
Em 1955, a Disney inaugurava o seu primeiro parque temático, a Disneylândia, na Califórnia. Walt Disney faleceu em 1966, mas sua morte não impediu que a companhia alcançasse voos cada vez mais altos.
O parque Walt Disney World, de Orlando, situado no estado da Flórida (EUA), o mais relevante do grupo, foi inaugurado em 1971. Hoje, há parques da companhia na França, no Japão e em Hong Kong.
Nos anos 1990, a Disney retomaria sua produção intensa de grandes sucessos da animação, renovando seu portólio de longas clássicos. Entre eles, as produções “O Rei Leão”, “A Bela e a Fera” e “Aladdin”.
Na década de 1990, a empresa faz uma parceria com a Pixar, em “Toy Story” – o estúdio na época pertencia ao empresário Steve Jobs, o mesmo que havia fundado a Apple (AAPL34). A Pixar hoje pertence ao grupo, assim como a Marvel (que possui os personagens das histórias em quadrinhos, a maioria criados pelo desenhista Stan Lee, como Wolverine, Homem de Ferro e outros),
Também foi comprada a Lucasfilm (detentora dos direitos dos filmes da série Star Wars, adquirida junto ao diretor George Lucas), os estúdios 20th Century Fox e os canais esportivos de TV a cabo ESPN e Fox Sports. Com isso, a atuação da Disney (DISB34) hoje cobre um amplo espectro, que vai desde os desenhos animados infantis, passando por clássicos do cinema juvenil, até chegar a cobertura de jornalismo esportivo de diversas modalidades.
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