Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Ações
Notícias
Resultados do 3TRI25 mostram avanço de receita e pressão sobre lucros, aponta BTG Pactual

Resultados do 3TRI25 mostram avanço de receita e pressão sobre lucros, aponta BTG Pactual

Segundo o relatório do banco de investimentos, entre as companhias com operações domésticas, os números vieram ligeiramente acima do previsto

Com a temporada de balanços do terceiro trimestre encerrada, uma análise divulgada pelo BTG Pactual (BPAC11) indica um desempenho misto entre as empresas brasileiras. Excluindo Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), a receita e o EBITDA vieram 1,6% e 1,5% acima das projeções do banco, enquanto o lucro líquido ficou 3% abaixo do esperado. Na comparação anual, a receita avançou 10% e o EBITDA cresceu 7%, mas o lucro líquido recuou 22%. Ajustados os resultados de Vibra (VBBR3), Sabesp (SBSP3) e Cemig (CMIG4) — que tiveram impactos pontuais relevantes em 2024 — os lucros do 3TRI25 caíram 11% na base anual. Com isso, os resultados do 3TRI25 mostram pressão sobre lucros.

Segundo o relatório do banco de investimentos, entre as companhias com operações predominantemente domésticas, os números vieram ligeiramente acima do previsto. A receita superou as estimativas em 3,7%, enquanto EBITDA e lucro líquido ficaram 2,1% acima das projeções. Em relação ao 3TRI24, a receita cresceu 17% e o EBITDA aumentou 10%.

O lucro líquido recuou 16%, mas a queda diminui para cerca de 2% quando ajustada pelos eventos extraordinários. O banco observa que parte importante da pressão sobre o lucro está relacionada à Selic mais elevada: a taxa média do trimestre foi de 15%, ante 10,5% no ano anterior.

Resultados do 3TRI24: Alimentos & Bebidas e Varejo lideram crescimento; Agronegócio recua

O BTG destaca que 14 dos 17 setores analisados registraram expansão da receita líquida na comparação anual, novamente excluindo Petrobras e Vale. Alimentos & Bebidas foi o principal destaque, com crescimento de R$ 21,2 bilhões (+11% a/a), impulsionado pela JBS, que sozinha adicionou R$ 12,6 bilhões (+11%). O setor lidera o crescimento de receita por seis trimestres consecutivos.

O setor de Varejo também avançou, embora abaixo do esperado pelo banco, com receita consolidada 5% maior. Entre as companhias de maior porte, SmartFit (+R$ 0,4 bilhão; +28%) e Raia Drogasil (+R$ 1,3 bilhão; +13%) foram os destaques. O setor imobiliário apresentou forte avanço (+R$ 1,8 bilhão; +15%), impulsionado principalmente pelas construtoras de baixa renda beneficiadas pelo MCMV. Cury (+34%), Direcional (+27%) e Tenda (+24%) lideraram o movimento.

Publicidade
Publicidade

O Agronegócio, em contrapartida, registrou o pior desempenho, com queda de R$ 10,6 bilhões (-13% a/a).

EBITDA cresce em Mineração & Siderurgia e Aluguel de Carros, indica BTG

Em termos de EBITDA, Mineração & Siderurgia e Aluguel de Carros & Logística foram os segmentos de maior expansão, com aumentos de R$ 1,9 bilhão (+25% a/a) e R$ 1 bilhão (+11% a/a), respectivamente. O BTG destaca o bom desempenho de CSN (CSNA3), CSN Minerção (CMIN3) e Aura (AURA33) — esta última com alta de 91%, sustentada pelo aumento de produção e pelos preços elevados do ouro.

No setor de locação, Movida registrou avanço de R$ 0,2 bilhão (+19%) e Localiza cresceu R$ 0,2 bilhão (+7%). Segundo o banco, as companhias vêm elevando preços para compensar depreciação mais alta da frota e juros estruturalmente elevados, fatores que comprimem o retorno sobre capital investido.

Apesar da forte expansão em receita, Alimentos & Bebidas ficou entre os piores desempenhos em EBITDA, com queda de R$ 1,6 bilhão (-6%), influenciada pela retração da JBS.

Lucros domésticos recuam 16%

O BTG Pactual ainda aponta que os lucros domésticos caíram 16% a/a, com Serviços Básicos, Petróleo & Gás e Bancos respondendo pela maior parte da queda. Sabesp (-R$ 4,8 bilhões; -80%) e Cemig (-R$ 2,5 bilhões; -76%) lideraram o recuo, ambas impactadas por eventos extraordinários em 2024. No segmento de Petróleo & Gás (ex-Petrobras), o lucro caiu R$ 4,3 bilhões, reflexo sobretudo do crédito fiscal de quase R$ 4 bilhões que inflou os resultados da Vibra no 3TRI24.

No setor bancário, mesmo com o crescimento de 11% do lucro do Itaú, o desempenho consolidado foi prejudicado pela queda superior a 60% no lucro do Banco do Brasil (-R$ 5,7 bilhões).

Na outra ponta, Mineração & Siderurgia foi o setor que mais contribuiu para a alta dos lucros, com avanço de R$ 1 bilhão (+92%), puxado pela CSN (+R$ 1,1 bilhão). A valorização do real também favoreceu o setor, reduzindo os efeitos financeiros de dívidas em dólar.

Leia também: